Durante a conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago, nos EUA, um estudo do Peter MacCallum Cancer Center de Melbourne revelou que o Lorlatinibe, medicamento da Pfizer, demonstrou eficácia significativa no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células.
Este tipo de câncer, associado à mutação do gene ALK, é conhecido por sua agressividade e propensão a metastizar para o cérebro.
O estudo envolveu 296 pacientes, dos quais um quarto já apresentava metástases cerebrais. Os resultados indicaram que o Lorlatinibe manteve 60% dos pacientes sem progressão da doença por um período de cinco anos, uma melhoria substancial em comparação com os 8% que alcançaram o mesmo resultado com o tratamento padrão, crizotinibe.
Os pesquisadores observaram uma redução contínua de 81% no risco de progressão ou morte entre os pacientes tratados com Lorlatinibe.
Além disso, exames cerebrais realizados a cada oito semanas mostraram que o medicamento foi eficaz em prevenir a disseminação do câncer para o cérebro e o crescimento de tumores cerebrais já existentes.
Benjamin Solomon, autor principal do estudo, destacou a significância dos resultados em comunicado a imprensa:
“Esta é a sobrevida livre de progressão mais longa já relatada no câncer de pulmão de células não pequenas ALK+ e, de fato, até o momento, em qualquer terapia direcionada para câncer de pulmão”.
Os resultados foram descritos como inéditos, marcando um potencial avanço no tratamento de uma forma particularmente desafiadora de câncer de pulmão.