Candidata derrotada no México reconhece vitória de Claudia Sheinbaum

A candidata presidencial Xóchitl Gálvez em uma coletiva de imprensa em sua casa de campanha na Cidade do México em 25 de abril. Santiago Reyes / ObturadorMX via Getty Images.

Xóchitl Gálvez reconhece triunfo de Claudia Sheinbaum

Cidade do México. Quase à uma da manhã, depois que o Instituto Nacional Eleitoral (INE) divulgou os resultados preliminares da eleição presidencial, com uma diferença de mais de 20 por cento entre ela e Claudia Sheinbaum, Xóchitl Gálvez saiu para reconhecer a vitória da candidata de Morena, pois considerou as tendências “irreversíveis”, embora tenha advertido que o reconhecimento não é gratuito e adiantou que continuará como defensora da democracia.

Depois de reconhecer todo o seu equipe de campanha, durante uma mensagem emitida em um hotel da capital, advertiu: “voltarei em três ou seis anos” e que sempre será “uma guerreira que lutará por um país em que se respeite a vida, a verdade e a liberdade”.

A candidata da Coalizão Força e Coração por México, disse, “Há alguns momentos o INE divulgou sua contagem rápida, tal exercício estatístico indica uma tendência de voto que não é favorável à minha candidatura. Tendência que, além disso, parece ser irreversível.

“Sempre fui democrata, firmemente comprometida com o respeito à lei, assim o demonstrei como cidadã e ao longo de toda a minha vida política, por isso reconheço que as tendências para a eleição presidencial não me favorecem e que não há informação que sugira que isso possa mudar os cálculos distritais.

“Há alguns minutos entrei em contato com a doutora Claudia Sheinbaum para reconhecer o resultado da eleição, disse a ela que vi um México com muita dor e violência, e desejei que ela possa resolver os graves problemas do nosso povo”.

Acompanhada dos dirigentes dos partidos PAN, PRI e PRD, a candidata afirmou: “reconheci o resultado porque amo o México e porque sei que se o nosso governo for bem, o nosso país também irá bem; sem dúvida, é um grande marco histórico que o nosso país vá ter a sua primeira mulher presidente, é parte dos importantes avanços que em matéria de igualdade e gênero temos alcançado”.

No entanto, acrescentou, quero enfatizar que meu reconhecimento vem acompanhado de uma firme exigência de resultados e soluções aos graves problemas do país e do indispensável respeito à Constituição e às instituições democráticas.

Por isso, adiantou, após pedir “ânimo” às dezenas de simpatizantes que a apoiaram, que sairão “às ruas quantas vezes for necessário para defender a República e a democracia”.

Acrescentou que durante a campanha deixou claro as profundas diferenças que a separam do programa de governo de Morena e seus aliados, por isso, mencionou que seguirá “adiante” e desde a oposição exercerá “uma labor vigilante, criticando o que não estiver bem, propondo soluções realistas aos problemas e defendendo as causas nas quais sinceramente acredito, como o apoio às mães buscadoras, a luta das mulheres, os direitos dos povos indígenas, o combate à corrupção e, claro, o impulso às energias limpas”.

Afirmou que “é momento de deixar para trás o rancor próprio das campanhas para passar a uma fase de reconciliação em que se privilegie o que nos une como habitantes de nossa casa comum, que é o México.

“Não podemos fechar os olhos ao fato de que este foi um processo eleitoral profundamente desigual, marcado pela intervenção sistemática do Poder Executivo federal e pelo uso faccioso dos programas sociais. Foi, além disso, o processo eleitoral mais violento da história do nosso país”.

Xóchitl Gálvez agradeceu aos partidos que a impulsionaram e aos cidadãos que lhe deram seu voto e aos seus simpatizantes e dirigentes dos partidos que a fizeram sua candidata, disse, “a todos vocês digo, ser candidata desta grande coalizão de cidadãos e partidos foi a maior honra da minha vida. Guardarei esta memória carinhosamente pelo tempo que Deus decidir me manter nesta terra”.

Por Néstor Jiménez e Gustavo Castillo, 03 de junho de 2024.
Fonte: La Jornada

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