O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Ma Zhaoxu, visitou os EUA de quinta a domingo com o objetivo de enviar uma mensagem clara sobre as linhas vermelhas da China em seus interesses centrais e manter a comunicação entre os altos funcionários dos dois países. Especialistas chineses destacaram que, se os EUA não interromperem suas provocações e medidas hostis contra a China, será difícil estabilizar as tensões entre as duas potências, especialmente enquanto Washington enfrenta problemas na Ucrânia e em Gaza.
As relações China-EUA estão em uma fase crítica para evitar a deterioração e promover a estabilidade. A abordagem dos EUA de buscar diálogo enquanto prejudica os interesses chineses é inviável. Não há futuro em jogos de soma zero sob o disfarce de competição, e a China não aceitará a supressão ou a privação de seus direitos legítimos de desenvolvimento, afirmou Ma durante consultas com o subsecretário de Estado dos EUA, Kurt Campbell, em Washington.
Durante as consultas, ambos os lados tiveram uma troca de opiniões franca e aprofundada sobre as relações China-EUA e questões internacionais e regionais de interesse mútuo. As conversas foram descritas como construtivas pelo Ministério das Relações Exteriores da China.
Ma também se reuniu com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o vice-conselheiro de Segurança Nacional, Jon Finer. As reuniões abordaram as relações bilaterais e questões internacionais e regionais.
Ma destacou que a questão de Taiwan é a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada e o problema mais sensível nas relações China-EUA. Ele afirmou que a chamada independência de Taiwan e a paz e estabilidade no estreito de Taiwan são irreconciliáveis. Se os EUA desejam paz e estabilidade no estreito, devem respeitar o princípio de uma só China e os três comunicados conjuntos China-EUA, além de não apoiar a “independência de Taiwan.”
As discussões também abordaram questões internacionais e regionais relacionadas à Ucrânia, ao Oriente Médio e à Península Coreana. Ma enfatizou que a China se opõe firmemente à disseminação de informações falsas e acusações contra a China sobre a questão da Ucrânia. Ele destacou que a China protegerá seus interesses e exigiu que os EUA parem de difamar e pressionar a China, além de interromper a imposição de sanções unilaterais a empresas chinesas e desempenhar um papel construtivo na resolução da crise na Ucrânia.
Global Times
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