Governo brasileiro amplia importação de Arroz para estabilizar preços após enchentes no RS

Marcello Casal Jr/Ag. Brasil

O governo brasileiro anunciou a publicação de medidas provisórias que destinam recursos adicionais para a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz.

O objetivo é ofertar o produto a preços subsidiados no varejo nacional, incluindo grandes redes de supermercados e atacarejos, em resposta à alta nos preços causada pelas recentes enchentes no Rio Grande do Sul.

Inicialmente, foram alocados cerca de 416 milhões de reais para a importação de 104,03 mil toneladas de arroz. No entanto, após a suspensão de um leilão inicial pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o governo decidiu revisar o programa e aumentar os recursos para cerca de 6,7 bilhões de reais, conforme detalhado em uma edição extra do Diário Oficial da União.

A Conab planeja realizar um novo leilão, cujas regras serão anunciadas em breve. A medida tem como finalidade garantir que a importação do arroz seja feita após a definição do leilão, assegurando a entrada de nova oferta no país.

Durante o mês, o preço do arroz em casca no Rio Grande do Sul subiu quase 13%, atingindo 120,95 reais por saca de 50 kg.

Com a formação de estoques a partir das importações, a Conab venderá o arroz diretamente para estabelecimentos comerciais a preços controlados, com o objetivo de chegar ao consumidor por no máximo 4 reais o quilo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a necessidade de importar arroz para manter a oferta interna e controlar os preços. Além disso, no último dia 20, o comitê gestor da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a redução a zero do imposto de importação de três tipos de arroz para facilitar o processo.

Apesar das medidas, representantes do setor produtivo argumentam que a importação é desnecessária, uma vez que o Rio Grande do Sul já havia colhido a maior parte da safra antes das enchentes. Eles alegam que o Estado tem condições de atender a demanda nacional, apesar dos danos causados pelas inundações.

Com informações da Reuters

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