Biden autoriza Ucrânia a usar armas dos EUA em território russo

'Meu ex-chefe é a pessoa que me faz sentir mais inseguro como judeu americano.' Fotografia: Leah Millis/Reuters

O presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou ataques ucranianos com armas americanas dentro do território russo, especificamente na região de Carcóvia, Ucrânia.

Um porta-voz do Departamento de Estado confirmou que o uso de mísseis de longo alcance continua proibido, conforme comunicado emitido nesta quinta-feira, 30.

“O presidente instruiu recentemente a sua equipa para garantir que a Ucrânia seja capaz de usar armas fornecidas pelos EUA a fim de contra-ataque na região da Carcóvia, para que a Ucrânia possa reagir contra as forças russas que os estão atacando ou se preparando para atacá-los. Nossa política em relação à proibição do uso de ATACMS [mísseis] ou ataques de longo alcance dentro da Rússia não mudou”, afirmou o comunicado.

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, reforçou na quarta-feira que, embora Washington não incentive ataques fora da Ucrânia, reconhece o direito de Kiev de fazer escolhas independentes de autodefesa, assegurando os recursos necessários para isso.

Paralelamente, Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, defendeu na semana passada a necessidade de revisão das restrições ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia para ataques em território russo, especialmente considerando a proximidade dos combates em Carcóvia com a fronteira russa.

“Chegou a hora de os aliados considerarem se devem cancelar algumas das restrições que colocaram ao uso de armas que doaram à Ucrânia […]. Especialmente agora, quando muitos dos combates estão acontecendo na região de Carcóvia, perto da fronteira, negar à Ucrânia a possibilidade de usar essas armas contra alvos militares legítimos em território russo torna muito difícil para eles se defenderem”, declarou Stoltenberg, enfatizando que a OTAN não planeja enviar tropas para a Ucrânia.

O conflito entre Rússia e Ucrânia persiste desde fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar uma operação militar especial para proteger os cidadãos em Donetsk e Lugansk contra ações ucranianas.

A Rússia justifica a campanha como uma resposta ao avanço da OTAN e à proteção contra um genocídio denunciado pelo regime ucraniano. Vladimir Putin, presidente russo, alertou sobre consequências significativas se a OTAN permitir ataques ucranianos ao território russo.

Com informações da Sputnik

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