O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE subiu 1,2 ponto em maio, para 96,4 pontos, após dois meses seguidos de queda. Na média móvel trimestral, o índice recuou 0,4 ponto.
“Em maio, a sondagem mostrou a retomada da rota de crescimento esperada desde o início do ano – a melhora da confiança (ICST) foi disseminada pelos três grandes segmentos de atividade – Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializados. O Indicador de Evolução da Atividade registrou a maior alta mensal desde julho do ano passado. Por outro lado, a permanência do ICST abaixo de 100 reflete as dificuldades enfrentadas pelas empresas. A tragédia ambiental no Rio Grande do Sul não mexeu com os indicadores consolidados da construção, no entanto, será necessário acompanhar os efeitos secundários nos próximos meses. No processo de reconstrução, as dificuldades com mão de obra qualificada deverão se agravar,” observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
O resultado do ICST de maio foi influenciado tanto pela melhora das avaliações sobre o momento atual quanto pela melhora das perspectivas nos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 1,2 ponto, para 95,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,3 ponto, para 97,8 pontos.
O alta do ISA-CST é resultado dos avanços dos indicadores de situação atual dos negócios e de volume de carteira de contrato. O primeiro cresceu 1,0 ponto, para 94,9 pontos, e o segundo aumentou 1,3 ponto, e atingiu 96,5 pontos. Os dois componentes do IE-CST também avançaram: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses subiu 0,7 ponto, e chegou aos 98,7 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceu 1,8 ponto, para 96,8 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção ficou estável neste mês, mantendo-se em 79,9%. O NUCI de Mão de Obra ficou relativamente estável, com variação de -0,1 p.p, para 81,2%, enquanto o NICI de Máquinas e Equipamentos subiu 0,7 p.p., para 75,3%, respectivamente.
Expectativas
A comparação com o cenário de um ano atrás, as expectativas também melhoraram. As empresas de infraestrutura permanecem com o indicador mais elevado, mas a maior contribuição para a alta interanual vem do segmento de Edificações. “É importante destacar que o otimismo com a demanda já foi maior, ele arrefeceu nos últimos meses ante as projeções de taxas de juros maiores por mais tempo: o custo e a oferta de crédito para habitação têm preocupado as empresas,” avaliou Ana Castelo.
Publicado originalmente pelo FGV Ibre em 27/05/2024