Na manhã de quarta-feira, 44 mil metros cúbicos de GNL foram entregues pela Petrobras no porto de Escobar, Argentina, visando atender a demanda crescente de gás natural do país devido a uma crise energética exacerbada por temperaturas baixas atípicas para o outono.
A carga tem o objetivo de suprir o pico de consumo até o final da semana, período em que são esperadas outras entregas internacionais.
A crise levou a cortes no fornecimento para a indústria e estações de gás natural, com um comitê de emergência priorizando a demanda doméstica.
A Casa Rosada anunciou no mesmo dia que o abastecimento foi normalizado com a chegada do gás do Brasil.
A situação de estresse energético, intensificada pela chegada de uma massa de ar polar, revela uma vulnerabilidade no sistema de gás argentino, atribuída à infraestrutura insuficiente e à falta de investimentos ao longo das décadas.
O governo de Javier Milei destaca que, embora o novo gasoduto Presidente Néstor Kirchner esteja operacional, ainda não está em plena capacidade.
Além disso, um atraso no desembarque do GNL foi causado por problemas técnicos em uma carta de crédito com um banco internacional.
A Energía Argentina indicou que houve um desentendimento com a Petrobras sobre o documento, mas ambos os lados agiram para resolver o impasse rapidamente.
A relação entre os presidentes da Argentina e do Brasil, Javier Milei e Lula, é marcada por distanciamento ideológico, mas os laços comerciais continuam, com novas parcerias já programadas para os próximos meses de inverno.
A crise atual também foi influenciada por uma redução nas importações de energia do Brasil durante a gestão anterior de Alberto Fernández, que impactou negativamente o abastecimento.