O cenário político brasileiro é dominado por um grupo de sete partidos, que detêm cerca de 80% das cadeiras do Congresso Nacional e 70% dos governos estaduais. Este grupo, conhecido como G7, também controla uma parcela importante das verbas eleitorais, que somam bilhões de reais, conforme reportagem do UOL.
As próximas eleições marcadas para outubro envolverão a escolha de prefeitos e vereadores, seguidas pela renovação da liderança na Câmara dos Deputados e no Senado em fevereiro de 2025, e as eleições gerais de 2026.
O G7 é liderado pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pelo PT, partido do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Estes partidos são seguidos por outras cinco legendas de centro a direita, incluindo União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos, que têm exercido influência significativa tanto em eleições municipais quanto no comando do Congresso.
União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, é visto como favorito para liderar o Senado com Davi Alcolumbre (AP) em 2025 e disputa a presidência da Câmara com Elmar Nascimento (BA).
O PSD, atualmente no comando do Senado com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também compete pela liderança da Câmara com Antonio Brito (BA).
Em contrapartida, o MDB, que liderou o Senado por mais de três décadas até 2018, posiciona Isnaldo Bulhões Jr. (AL) como um potencial candidato à presidência da Câmara, embora não seja um dos favoritos no momento. O PP mantém a presidência da Câmara com Arthur Lira (AL) desde 2021.
Os recursos controlados pelo G7 incluem 3,7 bilhões de reais do Fundo Eleitoral e 860 milhões de reais do Fundo Partidário para 2024, além de emendas parlamentares que atingiram um recorde de cerca de 50 bilhões de reais este ano.
Estas cifras destacam a importância do controle dos fundos como ferramenta essencial para a manutenção do poder entre estas legendas, especialmente considerando que o financiamento empresarial de campanhas está proibido desde 2015.
Os partidos que não fazem parte do G7, incluindo médios, pequenos e nanicos, buscam espaço em um ambiente altamente competitivo. O PSDB, por exemplo, apesar de uma performance eleitoral desfavorável em 2022, ainda mantém uma presença tímida com governadores e prefeitos.
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