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Gigante aérea chinesa quer abocanhar mercado e liquidar a Boeing

A Corporação de Aeronaves Comerciais da China (Comac) está planejando ampliar sua capacidade de produção para atender à crescente demanda interna. A empresa visa triplicar a produção de jatos de passageiros, aumentando a capacidade anual de cerca de 50 aeronaves atualmente para 150 até o final da década. Esse movimento ocorre em um momento em […]

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A Corporação de Aeronaves Comerciais da China (Comac) está planejando ampliar sua capacidade de produção para atender à crescente demanda interna.

A empresa visa triplicar a produção de jatos de passageiros, aumentando a capacidade anual de cerca de 50 aeronaves atualmente para 150 até o final da década.

Esse movimento ocorre em um momento em que a Boeing enfrenta desafios contínuos, aumentando as chances da Comac no competitivo mercado chinês.

A Comac também está avançando na montagem de seu jato C919, que compete diretamente com o Boeing 737 e o Airbus A320, com uma autonomia de 5.555 quilômetros e capacidade para até 192 passageiros.

Apesar de ter entregue apenas cinco C919 até agora, a empresa possui uma carteira de pedidos que já ultrapassa 1.000 aeronaves, incluindo pedidos significativos de grandes companhias aéreas chinesas.

Em contraste, a Boeing enfrentou vários contratempos, incluindo dois acidentes fatais envolvendo seu modelo 737 MAX e problemas subsequentes de controle de qualidade que prejudicaram sua reputação e operações.

A Administração de Aviação Civil da China levantou a proibição de entregar Boeing 737 MAX em dezembro de 2023, mas recentes investigações sobre componentes específicos continuam atrasando as entregas.

A Comac também está desenvolvendo jatos widebody, como o C929 e o C939, que competirão com modelos de longo alcance da Boeing e Airbus, ampliando sua presença no mercado global.

Enquanto isso, preocupações surgem nos EUA sobre a proximidade da Comac com o setor militar e possíveis sanções, o que poderia afetar a parceria da empresa com fornecedores ocidentais.

A situação atual sugere um cenário complexo para a Boeing, que pode enfrentar perdas significativas se a Comac continuar a expandir sua influência no mercado, apoiada pela crescente autossuficiência da China em componentes aeroespaciais.

Com informações do Asia Times

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