A China acaba de anunciar um avanço significativo na tecnologia militar com o desenvolvimento de um canhão de micro-ondas, descrito como capaz de emitir ondas 68 mil vezes mais potentes que o campo magnético terrestre.
Este dispositivo, que pode ser instalado na traseira de um caminhão, oferece notável mobilidade e flexibilidade operacional.
O canhão utiliza quatro motores Stirling que, além de impulsionarem a potência do dispositivo, oferecem uma eficiência energética surpreendente, consumindo apenas um quinto da energia se comparado a sistemas similares.
Estes motores, conhecidos por suas propriedades de resfriamento, são essenciais para manter a arma operacional durante até quatro horas consecutivas.
Este desenvolvimento não é apenas uma novidade tecnológica, mas também uma estratégia defensiva e ofensiva, permitindo que a China posicione este sistema onde considerar necessário, dada a facilidade de transporte do canhão montado em caminhão.
Xu Ce, cientista líder do projeto e especialista em engenharia eletrônica, destacou que o campo magnético gerado é estável e continuamente forte, sendo comparável a quase metade da intensidade gerada pelo Grande Colisor de Hádrons na Europa.
A colaboração entre o Instituto de Tecnologia Nuclear do Noroeste, em Xi’an, e o Instituto de Engenharia Elétrica, em Pequim, resultou neste design inovador.
Publicações recentes na revista chinesa ‘High Power Laser and Particle Beams‘ detalham os desafios enfrentados pela equipe, especialmente em relação à limitação de resfriamento do motor Stirling, que só é eficaz até 40 graus acima do zero absoluto.
Além disso, a equipe de pesquisa encontrou soluções inovadoras usando um material supercondutor chamado REBCO, que, ao ser combinado com o motor, atinge temperaturas próximas de 48 graus acima do zero absoluto.
Essa combinação resultou em um campo magnético de mais de quatro teslas e uma redução significativa no consumo de energia, ultrapassando 80% em eficiência em relação às tecnologias anteriores.
Ainda há espaço para melhorias, conforme apontado pelos pesquisadores, que veem potencial para miniaturizar ainda mais o sistema, aumentando sua praticidade e eficácia em cenários de campo.
Este desenvolvimento coloca a China em uma posição estratégica no que tange à guerra moderna e à defesa de seus interesses espaciais.
Com informações do CPG