As remessas da China aumentam para destinos do Sul Global no Médio Oriente, ao mesmo tempo que caem para o mundo desenvolvido.
As exportações da China em Abril aumentaram em direcção ao Sul Global, ao mesmo tempo que diminuíram nos mercados desenvolvidos, seguindo um padrão de divergência geográfica que começou há quatro anos.
No geral, as exportações aumentaram 1,5% em termos de dólares e 5% em termos de RMB. Mas o facto saliente sobre o desempenho comercial da China durante os primeiros quatro meses de 2024 é o salto no comércio com os países em desenvolvimento.
O Norte de África e o Golfo Pérsico apresentaram o crescimento mais forte.
Evidentemente, a China está a obter um dividendo geopolítico da sua crescente influência na Ásia Ocidental. Em Janeiro de 2023, a China mediou o restabelecimento das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irão, posicionando-se como mediadora na rivalidade mais perigosa do mundo islâmico.
A China posicionou-se como um antípoda da influência americana na região depois de Israel ter iniciado a sua operação em Gaza em Outubro.
As exportações para a Argélia, Qatar, Omã, Marrocos, Iraque, Tunísia e Egipto registaram um crescimento anual superior a 25%. A Argélia e o Qatar mais que duplicaram as suas compras à China.
Os principais mercados asiáticos e latino-americanos da China, incluindo o Vietname, Singapura, Indonésia e Brasil, registaram um crescimento de cerca de 20%.
Em contraste, as exportações para os EUA permaneceram estáveis em Abril, enquanto as exportações para a União Europeia e o Japão caíram. O maior declínio ocorreu nas exportações chinesas para Israel, uma queda de 26% em relação ao ano anterior.
A diferença entre o crescimento das exportações do dólar chinês e do RMB corresponde à depreciação do RMB face ao dólar americano durante o ano passado.
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