Graças ao seu enorme superávit comercial nos últimos anos, a China se tornou o maior exportador do mundo e ocupa o segundo lugar entre os maiores importadores globais. Apesar de suas políticas rígidas, o país é relativamente aberto ao comércio exterior, que representou 37% do seu PIB em 2022, segundo o Banco Mundial. Nesse mesmo ano, a China se manteve como o maior comerciante de mercadorias do mundo pelo sexto ano consecutivo.
Os principais produtos exportados pela China incluem telefones (7,7%), máquinas de processamento de dados automáticos (5,2%), circuitos integrados eletrônicos (4,3%), semicondutores (1,8%) e acumuladores eletrônicos (1,6%). Por outro lado, as principais importações são circuitos integrados eletrônicos (15,3%), óleos de petróleo (13,5%), minérios de ferro (4,7%), gás de petróleo (3,3%) e ouro (2,8%), de acordo com dados da Comtrade.
Em 2022, as exportações chinesas foram direcionadas principalmente para os Estados Unidos (16,2%), Hong Kong (8,3%), Japão (4,8%), Coreia do Sul (4,5%) e Vietnã (4,1%). As importações vieram principalmente da Coreia do Sul (7,4%), Japão (6,8%), Estados Unidos (6,6%), Austrália (5,2%) e Rússia (4,2%).
No mesmo ano, o comércio de mercadorias da China com a ASEAN, a UE e os EUA aumentou 15%, 5,6% e 3,7%, respectivamente, totalizando CNY 6,52 trilhões (USD 910 bilhões), CNY 5,65 trilhões (USD 790 bilhões) e CNY 5,05 trilhões (USD 700 bilhões). O comércio da China com países ao longo da iniciativa Belt and Road cresceu 19,4% ano a ano, representando 32,9% do total do comércio exterior do país, um aumento de 3,2 pontos percentuais.
O yuan, moeda chinesa, é atualmente cotado a aproximadamente 0,14 dólares americanos (USD). Nos últimos anos, o yuan tem apresentado variações em seu valor, com períodos de valorização e desvalorização frente ao dólar.
O comércio com os outros 14 membros da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP) aumentou 7,5%, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas.
Em 15 de novembro de 2020, a China assinou a RCEP com 14 outros países do Indo-Pacífico. Este acordo de livre comércio é o maior da história, cobrindo 30% da economia global. Inclui os países da ASEAN (Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã) e seus parceiros de livre comércio (Austrália, China, Índia, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul). A RCEP abrange mercadorias, serviços, investimentos, cooperação econômica e técnica, e cria novas regras para comércio eletrônico, propriedade intelectual, compras governamentais, concorrência e pequenas e médias empresas.
O comércio tem se tornado uma parte cada vez mais importante da economia chinesa, sendo uma ferramenta significativa para a modernização econômica. Segundo a OMC, em 2022, as exportações de mercadorias e serviços atingiram USD 3,59 trilhões e USD 424 bilhões, respectivamente, um aumento de 7% e 8,1% ano a ano. As importações de mercadorias totalizaram USD 2,71 trilhões, e as de serviços USD 465 bilhões, um crescimento de 1% e 8,9% ano a ano. De acordo com o Banco Mundial, o saldo geral do comércio foi positivo em 3,2% do PIB (de +2,6% um ano antes).
Em 2023, o comércio exterior da China alcançou CNY 41,76 trilhões (aproximadamente USD 5,87 trilhões), segundo dados preliminares da Administração Geral de Alfândegas. As exportações cresceram 0,6% ano a ano, chegando a CNY 23,77 trilhões (USD 3,34 trilhões), enquanto as importações caíram 0,3%, totalizando CNY 17,99 trilhões (USD 2,53 trilhões).
Informações do portal Santander.