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SpaceX agenda para 5 de junho novo lançamento do Starship, maior foguete do mundo

A SpaceX anunciou para 5 de junho o próximo lançamento do Starship, com foco em demonstrar a capacidade de trazer de volta intactos ambos os estágios do veículo. O lançamento, que ocorrerá no site da empresa em South Texas, depende da obtenção de uma licença atualizada da Federal Aviation Administration (FAA). O Starship da SpaceX […]

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A SpaceX anunciou para 5 de junho o próximo lançamento do Starship, com foco em demonstrar a capacidade de trazer de volta intactos ambos os estágios do veículo. O lançamento, que ocorrerá no site da empresa em South Texas, depende da obtenção de uma licença atualizada da Federal Aviation Administration (FAA).

O Starship da SpaceX e o foguete Super Heavy – coletivamente conhecidos como Starship – representam um sistema de transporte totalmente reutilizável, projetado para transportar tanto tripulação quanto carga para a órbita da Terra, a Lua, Marte e além. O Starship é o veículo de lançamento mais poderoso já desenvolvido, capaz de transportar até 150 toneladas métricas de forma totalmente reutilizável e 250 toneladas métricas de forma descartável.

– Altura: 121 m
– Diâmetro: 9 m
– Capacidade de carga: 100 – 150 t (totalmente reutilizável)

No voo de teste anterior, o estágio superior do Starship, lançado pelo seu booster Super Heavy, conseguiu alcançar o espaço. Agora, a empresa quer mostrar que pode trazer tanto o booster quanto a nave de volta intactos. “O quarto voo de teste muda nosso foco de alcançar a órbita para demonstrar a capacidade de retornar e reutilizar o Starship e o Super Heavy”, declarou a empresa. Os principais objetivos serão executar uma queima de pouso e um splashdown suave no Golfo do México com o booster Super Heavy, além de conseguir uma entrada controlada do Starship.

Diferente do terceiro voo de teste em março, a SpaceX não planeja testes em voo do Starship, como a abertura da porta do compartimento de carga ou a transferência de propelente. O veículo seguirá uma trajetória semelhante, com um splashdown (pouso suave na água) no Oceano Índico. “Este caminho de voo não requer uma queima de desorbitagem para reentrada, maximizando a segurança pública enquanto ainda proporciona a oportunidade de atingir nosso objetivo principal de uma reentrada controlada do Starship”, afirmou a empresa.

A SpaceX fez várias atualizações no hardware e software do Starship desde o voo de março, incorporando lições aprendidas daquela missão. Uma mudança destacada pela empresa foi a ejeção da seção especial entre o booster e a nave, projetada para permitir a “hot-staging”, onde a nave acende seus motores enquanto ainda está anexada ao booster. Descartar essa seção após a queima de boostback (retorno do booster após separação) do Super Heavy “reduzirá a massa do booster para a fase final do voo”.

A empresa também detalhou os problemas encontrados no terceiro voo do Starship. Enquanto o estágio superior do Starship atingiu o espaço, o veículo foi perdido durante a reentrada. O booster Super Heavy se desintegrou durante as fases finais de sua descida sobre o Golfo do México. A SpaceX explicou que o Starship “começou a perder a capacidade de controlar sua atitude” vários minutos após o desligamento dos motores, enquanto seguia uma trajetória suborbital. O vídeo do voo mostrou o veículo girando lentamente. Essa perda de controle de atitude levou à decisão automatizada de não realizar a reativação planejada dos motores.

“A falta de controle de atitude resultou em uma entrada fora do normal, com a nave enfrentando muito mais aquecimento do que o previsto em áreas protegidas e não protegidas”, disse a SpaceX, com a telemetria (dados de medição à distância) sendo perdida a uma altitude de 65 quilômetros. A empresa acredita que o problema de controle de atitude foi causado pelo entupimento de válvulas em propulsores usados para controle de rotação. A SpaceX adicionou mais propulsores para redundância e melhorou o hardware dos propulsores “para maior resiliência ao bloqueio”.

O booster Super Heavy disparou 13 de seus 33 motores Raptor após a separação para uma queima de boostback, mas seis dos motores começaram a desligar, desencadeando uma terminação antecipada da queima de boostback. Apenas dois dos 13 motores acenderam para a queima de pouso final, enquanto a SpaceX tentava um pouso suave do booster na superfície do oceano. A SpaceX informou que perdeu contato com o booster a 462 metros acima da superfície.

Os problemas com os motores, concluiu a SpaceX, foram causados por bloqueios nos filtros das linhas de oxigênio líquido, impedindo que o propelente chegasse aos motores. A SpaceX experimentou problemas semelhantes em lançamentos anteriores do Starship e fez mudanças no design dos motores para tentar evitar isso. “Os boosters Super Heavy para o Voo 4 e além receberão hardware adicional dentro dos tanques de oxigênio para melhorar ainda mais as capacidades de filtração de propelente”, disse a SpaceX, junto com mudanças adicionais de hardware e software para melhorar a confiabilidade da partida dos motores Raptor.

O CEO da SpaceX, Elon Musk, afirmou em abril que espera demonstrar no próximo voo que o booster Super Heavy pode pousar em uma “torre virtual” no Golfo do México. “Se o pouso na torre virtual funcionar, então tentaremos no Voo 5 voltar e pousar na torre” em Starbase, disse ele, parte do plano da empresa para reutilizar rapidamente os veículos Starship. “Essa é uma agenda muito voltada para o sucesso, mas está no reino das possibilidades.”

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