A China manteve seu domínio nas exportações de painéis e módulos solares em 2023, aumentando os embarques globais em mais de um terço em relação aos totais de 2022, de acordo com dados compilados pelo think tank de energia Ember.
As exportações totais de módulos solares da China, que representam aproximadamente 80% das exportações solares globais, totalizaram cerca de 220.000 megawatts (MW) de capacidade de geração em 2023, um aumento de mais de 55.000 MW em relação a 2022, enquanto os mercados globais buscavam aumentar a geração de energia limpa adquirindo componentes.
No entanto, tensões comerciais com a Europa, devido a acusações de que a China tem subcotado produtores rivais de equipamentos solares, levaram a uma leve mudança nos fluxos de exportação de módulos durante 2023.
Países asiáticos viram o maior aumento de todas as regiões nas importações de módulos solares da China em 2023, crescendo mais do que as nações europeias pela primeira vez desde 2020. A Europa permaneceu o maior destino geral para os módulos solares chineses, mas a participação da região no total de exportações solares chinesas caiu para 46,35% em 2023, de 55% em 2022.
A Ásia teve a segunda maior participação, com 23%, enquanto a América Latina e o Caribe tiveram a terceira maior participação, com 14%. África e Oriente Médio tiveram aumentos acentuados na capacidade de importação de módulos da China em 2023, e ambas as regiões subiram para aproximadamente o dobro da capacidade combinada importada pela Oceania e América do Norte no ano passado.
Destaques por país
Em termos de países individuais, os Países Baixos permaneceram o maior destino único para os módulos solares da China pelo segundo ano consecutivo em 2023, importando um recorde de 47.156 megawatts. O Brasil (21.009 MW), Índia (14.538 MW) e Espanha (12.241 MW) foram outros mercados importantes.
Em termos de taxas de crescimento anual, Arábia Saudita, África do Sul, Malásia e Paquistão viram as importações da China aumentarem bem mais de 100% em 2023 em relação aos totais de 2022, e todos se juntaram às fileiras dos principais mercados para painéis e módulos chineses.
Declínios anuais nas importações solares da China foram observados na Alemanha (-25%), Portugal (-54%) e Polônia (-14%) enquanto os legisladores europeus reprimiam as importações de equipamentos renováveis baratos da China e ameaçavam com processos antidumping.
Com informações da Reuters.
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