Durante uma visita oficial a Pequim, o assessor especial da Presidência do Brasil e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assinou uma proposta de cooperação com a China visando a resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia.
A proposta, resultado de discussões entre Amorim e o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, marca a primeira vez que a China se compromete com um documento desse tipo sobre a crise ucraniana.
Os dois países expressaram apoio à organização de uma conferência internacional de paz, condicionada ao reconhecimento e à participação equitativa de todas as partes envolvidas no conflito, incluindo Rússia e Ucrânia.
“As duas partes acreditam que o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise na Ucrânia. Todos os atores relevantes devem criar condições para a retomada do diálogo direto e promover a desescalada da situação até que se alcance um cessar-fogo abrangente”, declara a proposta.
Adicionalmente, Brasil e China propuseram um veto ao uso de armas de destruição em massa, com ênfase especial na prevenção da proliferação nuclear e em evitar uma crise nuclear.
A proposta também enfatiza a importância de rejeitar ataques contra instalações nucleares e de cumprir a Convenção de Segurança Nuclear para evitar acidentes.
A resolução conjunta também chama atenção para a necessidade de evitar a divisão do mundo em blocos políticos ou econômicos isolados, promovendo esforços para fortalecer a cooperação internacional em áreas como energia, finanças, comércio, segurança alimentar e infraestrutura crítica.
Esta é a segunda viagem internacional de Amorim neste ano, destacando sua atuação em discussões globais sobre temas críticos, como a situação na Venezuela.
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