“Vivemos em um estado imperial onde os serviços de segurança — a CIA, o Conselho de Segurança Nacional, o Pentágono e os grandes contratantes de armas — determinam a política externa.”
Jeffrey Sachs, economista e acadêmico americano, fez essa declaração contundente em uma entrevista ao Juiz Napolitano em 20 de maio de 2024. Sachs criticou duramente o papel dominante do complexo militar-industrial na definição da política externa dos EUA, afirmando que o Congresso é subornado por grandes contribuições de campanha. Ele ressaltou que a política externa não reflete os valores do povo americano e que o governo mantém segredos para esconder a verdade, considerando inimigos aqueles que expõem suas mentiras. Sachs destacou o caso de Julian Assange, enfatizando que, por causa de Assange, o público compreende melhor as raízes da guerra na Ucrânia e as políticas desastrosas de expansão da OTAN.
Trecho das declarações do Professor Jeffrey Sachs, economista e acadêmico americano, em entrevista ao Juiz Napolitano, em 20 de maio de 2024:
“Vivemos em um estado imperial onde os serviços de segurança — a CIA, o Conselho de Segurança Nacional, o Pentágono e os grandes contratantes de armas — determinam a política externa.
O Congresso é quase completamente subornado por grandes contribuições de campanha do complexo militar-industrial.
Vivemos em um estado imperial onde a política externa não reflete os valores do povo americano.
Quando se vive em um estado assim, o segredo, acima de tudo, é necessário para que o governo possa nos contar mentiras todos os dias.
Nessas circunstâncias, aqueles que revelam as mentiras são, portanto, os piores inimigos — não os que criam as mentiras, nem os que contam as narrativas, mas, do ponto de vista do governo, os que expõem as mentiras.
Isso é o que Julian Assange estava fazendo e tem feito, e por isso ele é o ‘Inimigo Número Um’ do governo dos EUA.
Porque o governo dos EUA não está interessado no nosso direito de saber, na Primeira Emenda ou na verdade. Muito pelo contrário — está interessado em ter sua narrativa como a única narrativa disponível.
Um dos pontos que gosto de enfatizar sobre Julian Assange é que, por causa dele, entendemos as verdadeiras raízes da guerra na Ucrânia — como isso foi uma invenção e provocação dos EUA, feita conscientemente.
E não saberíamos disso sem Julian Assange.
Nosso atual diretor da CIA, Bill Burns, foi nosso embaixador na Rússia em 2008. Nessa capacidade, ele explicou completamente por que a política da Administração Bush — que então se tornou a política das administrações de Obama, Trump e Biden — de expandir a OTAN para a Ucrânia seria um desastre.
Ele escreveu um poderoso memorando que o povo americano nunca teria visto se não fosse por Julian Assange.
E eles o odeiam por isso.
Nós sabemos a verdade.
E esse é o problema com Julian Assange — ele expôs as mentiras do governo dos EUA.”
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