Pesquisadores da Oxford Population Health identificaram 618 proteínas no sangue que podem indicar o risco de desenvolvimento de 19 tipos diferentes de câncer, sete anos antes do diagnóstico convencional.
O estudo, publicado em 15 de maio na revista Nature Communications, utilizou a técnica de proteômica para analisar amplas amostras de sangue, comparando as proteínas de indivíduos diagnosticados com câncer com aquelas de pessoas não diagnosticadas.
A pesquisa revelou que 107 dessas proteínas estavam presentes no grupo cujas amostras foram coletadas pelo menos sete anos antes dos diagnósticos de câncer.
Esse achado sugere que essas proteínas podem desempenhar um papel nas fases iniciais da doença, oferecendo um novo caminho para a detecção precoce do câncer.
O estudo foi dividido em duas fases: a primeira analisou amostras de sangue de mais de 44 mil participantes do UK Biobank, incluindo 4.900 indivíduos que posteriormente desenvolveram câncer.
A segunda fase focou na análise genética de mais de 300 mil casos de câncer para entender melhor o papel dessas proteínas no desenvolvimento da doença.
Embora os resultados sejam promissores, os cientistas, incluindo Karen Papier e Ruth Travis da Oxford Population Health, ressaltam a necessidade de mais estudos para confirmar o papel exato dessas proteínas e desenvolver testes clínicos eficazes.
Esses avanços poderiam permitir não apenas uma detecção mais precoce mas também facilitar o desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer.
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