A Polícia Federal está finalizando o relatório sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, que será entregue amanhã ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é de Lauro Jardim, no Globo.
A investigação, que teve um prazo de 60 dias concedido pelo ministro para análise de material apreendido, não encontrou evidências diretas que esclareçam o crime nos dispositivos e documentos examinados.
O foco das investigações recentes incluiu a operação que resultou na prisão dos alegados mandantes do crime, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa.
Durante as buscas, foi descoberta uma série de documentos que detalham como os irmãos Brazão manipulavam emendas parlamentares.
Chiquinho Brazão, ex-deputado federal, é acusado de desviar fundos de emendas para uma ONG específica, que posteriormente transferia o dinheiro para a filha de um assessor de Domingos Brazão.
Adicionalmente, revelou-se que Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, estava envolvido com os Brazão, facilitando contatos para o esquema de desvio de recursos.
Este esquema é visto como parte do padrão de operação da família Brazão, embora não esteja diretamente relacionado ao assassinato de Marielle.
No último dia 9 de maio, a Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou acusações no STF contra Chiquinho e Domingos Brazão como mandantes do duplo homicídio e integrantes de uma organização criminosa.
Rivaldo Barbosa também foi denunciado sob as mesmas acusações, juntamente com Robson Calixto da Fonseca, ex-assessor de Domingos, e Ronald Alves, miliciano.