Em um movimento diplomático significativo, Noruega, Espanha e Irlanda anunciaram, em 22 de maio de 2024, o reconhecimento da Palestina como um Estado independente.
A declaração oficial foi feita pelos líderes Espen Barth Eide, Pedro Sánchez e Simon Harris, respectivamente ministros das relações exteriores da Noruega e primeiros-ministros da Espanha e Irlanda.
A formalização do reconhecimento está programada para ocorrer na próxima terça-feira, 28 de maio.
Esta decisão surge após a Assembleia Geral da ONU ter aprovado uma resolução no início do mês, que endossa a Palestina como Estado-membro da organização.
Simon Harris expressou esperança de que outros países sigam o exemplo nas próximas semanas. Ele destacou a importância de uma solução de dois Estados para assegurar paz e segurança tanto para Israel quanto para a Palestina.
Pedro Sánchez, por sua parte, fez críticas ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, acusando-o de ignorar apelos por um cessar-fogo e perpetuar o sofrimento do povo palestino.
Sánchez ressaltou a legitimidade de combater o Hamas, mas condenou as ações que, segundo ele, colocam em risco a viabilidade de uma solução de dois Estados.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel ordenou a retirada imediata de seus embaixadores na Irlanda, Noruega e Espanha e convocou os embaixadores desses países em Tel Aviv.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou que o reconhecimento palestino compromete o direito de Israel à autodefesa e enfraquece os esforços para libertar os reféns detidos pelo Hamas em Gaza.
Enquanto isso, na ONU, a recente resolução permite que a Palestina aspire se tornar o 194º membro da organização, apesar da expectativa de veto pelo Conselho de Segurança, onde os EUA possuem poder de veto.
Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, classificou a resolução como um avanço significativo para a plena admissão da Palestina na ONU.
Com informações do G1
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