O nível global do mar registrou um aumento de 9,4 cm entre 1993 e 2023, segundo dados da NASA.
Estudos da Climate Central indicam que se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, resultando em um aquecimento global de 3°C, cerca de 50 grandes cidades ao redor do mundo estarão sujeitas a inundações.
No Brasil, as regiões mais afetadas incluem o Rio de Janeiro, Pará, Amapá, Maranhão e Rio Grande do Sul.
De acordo com os pesquisadores, a poluição atmosférica e o derretimento das geleiras são as principais causas do aumento do nível dos oceanos.
Nadya Vinogradova Shiffer, da NASA, destaca que as taxas de aceleração indicam um possível acréscimo de 20 centímetros ao nível médio global do mar até 2050, aumentando o risco de inundações frequentes.
Na análise de risco, destacam-se as seguintes cidades brasileiras:
Rio de Janeiro: áreas como Ilha do Governador, Duque de Caxias, Campos Elísios, Campos dos Goytacazes e Cabo Frio estão em risco.
Pará: a ilha de Marajó e partes das cidades de Belém e Bragança podem ficar submersas.
Amapá: prevê-se que a Reserva Biológica do Lago Piratuba e a Ilha de Maracá, além de partes de Oiapoque e Macapá, sejam afetadas.
Maranhão: áreas costeiras de São Luís, e as ilhas de Santana e Carrapatal enfrentam risco de submersão total.
Rio Grande do Sul: cidades como Porto Alegre, Pelotas e Canoas também estão na lista de áreas vulneráveis.
O estudo da Climate Central também alerta para a situação crítica de países como China, Índia, Vietnã e Indonésia, além de nações insulares como Ilhas Cocos, Maldivas, Ilhas Cayman e Bahamas, onde a maior parte da população pode ser afetada. A organização disponibilizou um mapa interativo para visualizar as regiões mais ameaçadas globalmente.
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