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Segundo Ipea, inflação em 12 meses baixou para todas as faixas de renda

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou uma desaceleração da inflação em todas as faixas de renda no acumulado dos últimos 12 meses até abril de 2024. Enquanto as famílias de renda muito baixa apresentaram a menor taxa de inflação (3,05% em 12 meses), a faixa de renda alta registrou a taxa […]

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Helio Montferre/Ipea

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou uma desaceleração da inflação em todas as faixas de renda no acumulado dos últimos 12 meses até abril de 2024. Enquanto as famílias de renda muito baixa apresentaram a menor taxa de inflação (3,05% em 12 meses), a faixa de renda alta registrou a taxa mais elevada (4,28% em 12 meses). Essa redução é mais acentuada para o segmento de renda alta, que teve uma melhora significativa em comparação ao ano anterior.

Na comparação com abril de 2023, houve um recuo da inflação para todas as classes de renda. A melhora da inflação corrente é explicada pelo desempenho mais favorável no grupo habitação, com queda das tarifas de energia elétrica em 2024 (-0,46% em 12 meses) comparativamente à alta de 2023 (0,48% em 12 meses). As maiores pressões inflacionárias nos últimos 12 meses residem nos grupos alimentação, transportes e saúde e cuidados pessoais. No caso dos alimentos no domicílio, a alta mais acentuada ao longo de 2024 contribuiu para uma aceleração mais forte da inflação sobre as famílias de renda mais baixa, com os aumentos dos cereais (16,4% em 12 meses), dos tubérculos (31,4% em 12 meses), das frutas (16,6% em 12 meses) e das hortaliças (11,2% em 12 meses).

Para as famílias de renda baixa, nos últimos 12 meses, os reajustes das tarifas de energia elétrica (4,1% em 12 meses) e de água e esgoto (8,3% em 12 meses) geraram uma contribuição inflacionária positiva. Em contrapartida, os aumentos de 5,7% dos serviços pessoais e de 6,9% das mensalidades escolares fizeram com que os grupos despesas pessoais e educação pressionassem significativamente a inflação do segmento de renda alta.

Apesar da redução anual, a inflação acelerou em abril para todas as faixas de renda na comparação com o mês anterior. As famílias de renda média-alta foram as mais afetadas, com uma taxa mensal de 0,43%, devido à alta de preços dos alimentos no domicílio e dos medicamentos. Já para as famílias com renda alta, o resultado foi menos expressivo, beneficiado pela deflação das passagens aéreas e do transporte por aplicativo, registrando uma taxa mensal de 0,20% em abril, frente aos 0,05% de março.

Os grupos alimentação e bebidas e saúde e cuidados pessoais foram os principais focos de pressão inflacionária para todas as classes de renda. A alta nos preços dos alimentos no domicílio em abril foi influenciada por reajustes nos tubérculos (8,1% mensal), nas hortaliças (2,4% mensal) e nos leites e derivados (0,94% mensal). No grupo saúde e cuidados pessoais, o impacto veio dos reajustes dos medicamentos (2,8% mensal) e dos planos de saúde (0,76% mensal).

Para as famílias de renda baixa e média, o grupo transportes também exerceu uma pressão significativa sobre a inflação, refletindo os aumentos da gasolina (1,5% mensal), do etanol (4,6% mensal) e das tarifas de metrô (1,7% mensal). Em contraste, as famílias de renda alta se beneficiaram da queda nos preços das passagens aéreas (-12,1% mensal) e do transporte por aplicativo (-1,2% mensal), o que gerou um alívio inflacionário.

Com informações do IPEA.

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