Japão impõe meta de vender 12 milhões de carros inteligentes

O Japão definiu uma meta para que suas montadoras vendam 12 milhões de veículos de próxima geração, conhecidos como veículos definidos por software (SDVs), no mercado interno e externo até 2030. Essa estratégia nacional incluirá a colaboração entre os gigantes automotivos do país.

A produção será fortalecida a um nível em que o Japão possa garantir uma participação de 30% no mercado global de SDVs. Grandes montadoras como Toyota Motor, Nissan Motor e Honda Motor trabalharão juntas no desenvolvimento tecnológico em áreas como inteligência artificial generativa e semicondutores.

O Ministério da Economia, Comércio e Indústria anunciou um esboço de sua estratégia para a transformação digital na indústria automobilística na segunda-feira.

Os três pilares da estratégia são SDVs; novos meios de transporte, como táxis autônomos; e utilização de dados de veículos.

O foco principal será o desenvolvimento de SDVs, nos quais a funcionalidade dos veículos é aprimorada por meio de software, em vez de hardware, como motores e peças. Por exemplo, um carro sem tecnologia de direção autônoma poderia receber essa função por meio de uma atualização de software.

Os esforços das montadoras domésticas nesse campo crescente afetarão sua competitividade no futuro. O plano do governo também prevê o aumento das vendas de SDVs para 19 milhões de unidades até 2035.

Para apoiar o desenvolvimento e a expansão do mercado, o Japão está incentivando suas montadoras a colaborar em sete áreas onde seria improvável que desenvolvessem tecnologias proprietárias únicas.

As sete áreas são: chips, interfaces de programação de aplicativos que ligam software e sistemas de veículos, simulação virtual, IA generativa para inspeções automatizadas, medidas de segurança contra ciberataques, mapas 3D de alta precisão para condução autônoma, e tecnologia para medir a distância entre veículos e objetos ou pedestres.

Trabalhadores altamente qualificados serão essenciais. O governo anunciou planos para lançar uma nova estrutura de desenvolvimento de recursos humanos neste outono, buscando ajuda de grandes fabricantes domésticos, startups e indústrias fora do setor automotivo para treinar engenheiros.