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A tentativa da mídia e governos ocidentais de jogar a Geórgia contra a Rússia

A desestabilização contínua, golpes e guerras seriam impossíveis sem a propaganda de uma mídia cúmplice, argumenta Glenn Diesen, professor da Universidade do Sudeste da Noruega e especialista em política externa russa. A Geórgia é um exemplo claro dessa manipulação ocidental. Localizada no Cáucaso, a Geórgia faz fronteira com a Rússia, Turquia, Armênia e Azerbaijão, além […]

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A desestabilização contínua, golpes e guerras seriam impossíveis sem a propaganda de uma mídia cúmplice, argumenta Glenn Diesen, professor da Universidade do Sudeste da Noruega e especialista em política externa russa. A Geórgia é um exemplo claro dessa manipulação ocidental.

Localizada no Cáucaso, a Geórgia faz fronteira com a Rússia, Turquia, Armênia e Azerbaijão, além de ser banhada pelo Mar Negro a oeste. Esta posição estratégica a torna crucial para rotas de energia e comércio entre a Europa e a Ásia, além de ser um ponto de interesse geopolítico significativo para a OTAN e a Rússia.

Em 2003, ONGs financiadas pelos EUA e pela UE ajudaram a instaurar um governo pró-OTAN e anti-Rússia na Geórgia através da chamada Revolução Rosa. Embora a mídia ainda se refira a este evento como uma revolução democrática, Diesen ressalta que foi um claro exemplo de manipulação externa.

Em 2008, após receber treinamento e armamentos dos EUA, a Geórgia iniciou um conflito com a Rússia ao atacar a Ossétia do Sul. Apesar de uma missão independente da UE ter confirmado que a Geórgia iniciou a guerra, a narrativa dominante na mídia ocidental ainda retrata a Rússia como a agressora.

Mais recentemente, a Geórgia tentou aprovar uma lei para aumentar a transparência sobre o financiamento estrangeiro de ONGs, muitas das quais são vistas como frentes para a CIA. A reação do Ocidente foi imediata, com ameaças de sanções e alegações de que a lei colocaria a Geórgia sob influência russa. Diesen sugere que estas ONGs poderiam estar sendo usadas para promover outro golpe no país, transformando a Geórgia em um segundo front contra a Rússia. Em um desenvolvimento recente, a presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, vetou a lei de transparência de financiamento de ONGs, refletindo a pressão externa e a complexidade política interna.

Atualmente, o primeiro-ministro da Geórgia é Irakli Kobakhidze, nomeado pelo partido governante Sonho Georgiano em fevereiro de 2024. Seu governo tem enfrentado desafios significativos, incluindo a tentativa de equilibrar a influência ocidental com as pressões internas para manter a soberania georgiana.

Além de suas análises críticas no X sobre geopolitica, Glenn Diesen é autor de vários livros sobre geopolítica e relações internacionais. Seu mais recente trabalho, “The Ukraine War & the Eurasian World Order”, oferece uma visão profunda sobre as dinâmicas geopolíticas atuais e a influência da Rússia na ordem mundial.

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