Em fevereiro, foi anunciado que a maior fundição da China, a SMIC, começaria a fabricar um chip de 5nm para a Huawei ainda este ano.
Anteriormente, a SMIC produziu o processador Kirin 9000s de 7nm, que possibilitou o lançamento da série Mate 60 da Huawei em agosto passado, com suporte para 5G. Esta foi a primeira linha principal com 5G da Huawei desde a série Mate 40, lançada em 2020.
Em 2020, os EUA ampliaram suas regras de exportação, impedindo que fundições que utilizam tecnologia americana enviassem chips de última geração para a Huawei.
Desde então, a Huawei usou chips Snapdragon modificados da Qualcomm, bloqueados para redes 5G, nas linhas P50, Mate 50 e P60. Recentemente, as autoridades dos EUA decidiram não emitir mais licenças para a Qualcomm enviar chips 4G para a Huawei.
Atualmente, a Huawei está obtendo chips 5G de uma fundição chinesa, eliminando a necessidade de recorrer à Qualcomm para seus processadores. No entanto, o Kirin 9000s de 7nm está duas gerações atrás do A17 Pro de 3nm que alimenta o iPhone 15 Pro.
A SMIC enfrenta dificuldades para produzir chips de ponta devido às restrições impostas pelos governos dos EUA e da Holanda, que impedem a compra de máquinas de litografia Ultravioleta Extrema (EUV) da empresa holandesa ASML, necessárias para fabricar chips abaixo de 7nm.
Apesar dessas limitações, a SMIC planeja fabricar processadores de 5nm para a Huawei este ano, utilizando máquinas de litografia Deep Ultraviolet (DUV) adquiridas antes das sanções. Segundo a Business Korea, a produção de chips de 5nm é um passo significativo para a SMIC e a Huawei, aproximando a empresa chinesa do nó de 3nm, previsto para 2025.
A produção de chips de 5nm com tecnologia DUV é considerada viável, mas de custo elevado. Este avanço é visto como crucial para a China, que busca autossuficiência em semicondutores, um objetivo que parecia inatingível sob as sanções dos EUA.