O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou que o Rio Grande do Sul poderá ter um alívio financeiro prolongado, com a suspensão do pagamento das parcelas da dívida estadual com a União por até dois anos.
Em declaração à jornalista Ana Flor do G1, Haddad destacou que esta medida liberaria cerca de R$ 8 bilhões, que poderiam ser redirecionados para esforços de reconstrução no estado.
A medida vem em um momento crítico, pois o Rio Grande do Sul enfrenta severas condições climáticas que resultaram em recordes de enchentes e deslizamentos.
A Defesa Civil e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) atualizaram as previsões indicando que a situação pode se agravar entre segunda, 13, e terça-feira, 14.
Na capital, Porto Alegre, o nível do Guaíba está próximo de atingir um novo recorde de 5,50 metros. Na região sul, a Lagoa dos Patos continua a subir, afetando diretamente as cidades de Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul. O último boletim da Defesa Civil, divulgado no domingo, registra 145 mortos e 132 desaparecidos, com mais de 600 mil pessoas deslocadas de suas casas.
A Defesa Civil também emitiu um alerta para as regiões do vale do Taquari e do Caí, categorizadas como áreas com “risco de inundação severa”. O órgão aconselha que moradores de áreas próximas ou com histórico de alagamentos evacuem de forma preventiva e ordenada.
Na noite de sábado, o governador Eduardo Leite reforçou a urgência da situação. Ele divulgou um vídeo nas redes sociais do governo alertando sobre a possibilidade de nova elevação dos níveis dos rios Taquari, Jacuí, dos Sinos e Caí, após um breve período de recuo.
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