Temperaturas dos oceanos batem recorde e cientistas fazem grave alerta

As temperaturas globais dos oceanos alcançaram recordes diários a partir de março de 2023, causando preocupações sobre a vida marinha e o aumento de eventos climáticos extremos.

Segundo Joel Hirschi, chefe associado de Modelação de Sistemas Marinhos do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido, “a amplitude pela qual os registros anteriores foram superados em 2023, e agora em 2024, é notável”, disse ele à BBC.

Já Gregory C. Johnson, oceanógrafo da NOAA, afirmou à CNN que a média global das temperaturas oceânicas em 2023 foi 0,25 ºC maior do que no ano anterior.

Ele destacou que esse aumento “equivale a cerca de duas décadas de aquecimento em um único ano” e descreveu o fenômeno como “bastante grande, significativo e um pouco surpreendente.”

O aquecimento global causado pelo homem, junto ao fenômeno natural El Niño, são apontados por cientistas como os principais fatores que influenciaram no aumento das temperaturas. Esse cenário pode resultar no agravamento de furacões, ondas de calor e chuvas intensas.

A Grande Barreira de Corais da Austrália já enfrenta um novo evento de branqueamento em massa, como revelado por pesquisas aéreas realizadas em março.

Dados da Coral Reef Watch da NOAA indicam que a situação pode levar ao quarto evento global de branqueamento nos próximos meses.

O Atlântico Norte também registrou temperaturas inéditas, surpreendendo cientistas que investigam as causas.

Se as temperaturas altas persistirem no segundo semestre de 2024 e houver um evento La Niña, “isto aumentaria o risco de uma temporada de furacões muito ativa”, disse Hirschi.

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