O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quarta-feira, 8, que a estatal pode adquirir o controle da Braskem caso não surja um comprador. Ele ressaltou que a Petrobras buscaria posteriormente um novo parceiro no negócio.
A declaração foi dada dois dias após a Novonor, controladora da petroquímica, anunciar que a Adnoc, companhia estatal de petróleo de Abu Dhabi, desistiu da aquisição da Braskem. A Adnoc era a única empresa ainda interessada no processo.
Prates explicou que a Petrobras realizou uma auditoria completa nos ativos da Braskem e está preparada para agir.
“Sabemos tudo de Braskem e estamos prontos para fazer o nosso movimento. E, não havendo comprador, podemos até eventualmente fazer a aquisição e sair de novo, fazer um ‘farmout’ de participação nós mesmos”, afirmou em entrevista ao site EPBR.
A Novonor tenta vender sua participação para quitar dívidas de R$ 15 bilhões com cinco bancos credores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incentiva a transação para salvar a Novonor e aumentar a presença da Petrobras no setor.
Prates indicou que a Petrobras busca compartilhar o controle da Braskem com um parceiro experiente, exercendo uma administração conjunta.
A estatal possui atualmente 36,1% do capital total e 47% das ações com direito a voto, enquanto a Novonor tem 38,3% do capital total e 50,1% das ações votantes.
“É a chance de colocarmos, no mínimo, um co-controle nessa empresa”, declarou Prates, acrescentando que a Petrobras pretende equiparar sua participação com a do novo parceiro.
A Petrobras abrirá mão do direito de compra caso surja uma empresa que atenda aos critérios estabelecidos.
“Podemos, obviamente, assistir a esse processo, participar dele e não exercer a opção (de compra) ao final, em função de o sócio ser adequado e das proporções e acordos serem satisfatórios para nós”, afirmou.
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