O Itaú Unibanco anunciou um lucro líquido de R$ 9,77 bilhões no primeiro trimestre de 2024, superando as projeções de analistas consultados pela Bloomberg, que estimavam um lucro de R$ 9,72 bilhões. O valor representa um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período de 2023 e um acréscimo de 3,9% sobre o quarto trimestre de 2023.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) do banco subiu para 21,9%, comparado a 20,7% no primeiro trimestre de 2023 e 21,2% no trimestre anterior.
A receita bruta do Itaú Unibanco totalizou R$ 42,8 bilhões, acima das previsões de mercado de R$ 40,31 bilhões, e 14,7% superior ao mesmo período do ano passado.
A margem financeira com clientes cresceu 7,4%, atingindo R$ 25,8 bilhões, enquanto as receitas de serviços e seguros subiram 5,8%, totalizando R$ 13,5 bilhões.
O desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento no faturamento de cartões, administração de fundos, assessoria econômico-financeira e corretagem, além do crescimento nos prêmios de seguros.
A carteira de crédito total do banco alcançou R$ 1,184 trilhão, com um avanço de 2,8% na comparação anual. Os empréstimos a pessoas físicas cresceram 2,6%, com destaque para os aumentos de 11,1% no crédito pessoal, 5,4% em financiamento de veículos e 3,1% no crédito imobiliário.
Em contrapartida, o crédito consignado caiu 1,9%. Já os empréstimos a empresas registraram alta de 9,3% para grandes companhias e 10,2% para pequenas e médias, com destaque para o aumento de 28% das linhas do Pronampe e FGI.
O custo do crédito caiu 3,2% em relação ao primeiro trimestre de 2023, situando-se em R$ 8,8 bilhões. O Itaú atribuiu a redução à melhora nos índices de inadimplência e à qualidade das safras recentes de crédito. O índice de atrasos acima de 90 dias caiu de 2,8% para 2,7% no trimestre, e na operação brasileira do banco, o índice recuou de 3,2% para 3,1%.
Entre os concorrentes privados do Itaú, o Santander Brasil registrou lucro de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre, representando um aumento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023. O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 4,2 bilhões, uma queda de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com informações da Folha