Em São Paulo, nesta quarta-feira, 1, ocorreu um evento paralelo do G20 focado na integridade da informação. A sessão foi moderada por Adriana Delorenzo, presidente da Associação Brasileira de Mídia Digital (ABMD), e abordou a sustentabilidade dos produtores de conteúdo de interesse público.
Durante o painel, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, destacou a necessidade de “fortalecer o jornalismo e a sustentabilidade dos produtores de informação” como meio de preservar a integridade da informação.
Pimenta ressaltou a importância de avançar na regulação das plataformas para garantir remuneração adequada aos produtores de conteúdo.
Os debates incluíram temas como a regulamentação de plataformas digitais, o combate à desinformação, e a proteção de menores contra conteúdos violentos e nocivos.
Os participantes também discutiram o impacto dos discursos de ódio e do negacionismo, frequentemente amplificados por algoritmos, na democracia e nas crises científica e climática.
O evento, promovido pelo Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20, reuniu representantes de vários países para discutir estratégias globais contra a desinformação e o discurso de ódio. Um dos pilares enfatizados nas discussões foi o fortalecimento de um jornalismo diverso e de interesse público.
No contexto internacional, Thomas Owen Ripley, vice-ministro adjunto associado de Assuntos Culturais do Canadá, citou a recente legislação canadense que obriga plataformas como Facebook e Google a compensar financeiramente as empresas jornalísticas.
Por sua vez, Bander Alsulami da Arábia Saudita compartilhou as iniciativas de seu país na integração da inteligência artificial no jornalismo e na cidadania digital.
Karen Kaiser, da Associated Press, alertou para os crescentes ataques ao jornalismo, especialmente em períodos eleitorais. Nishant Lalwani e Paula Miraglia discutiram o financiamento de empresas jornalísticas por coalizões multilaterais e internacionais, apontando os benefícios e desafios dessa abordagem para a sustentabilidade do setor.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!