O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira, 29, que continuará no cargo, desistindo da ideia de renunciar após enfrentar uma intensa campanha de difamação dirigida a ele e sua família.
As acusações de corrupção contra sua esposa, Begoña Gómez, que foram arquivadas na semana passada, desencadearam a crise.
Sánchez relatou que após refletir sobre o possível pedido de renúncia, que ele havia considerado na quarta-feira anterior, decidiu “continuar com ainda mais força, se possível“. Ele reafirmou seu compromisso de trabalhar incansavelmente pela “regeneração pendente da nossa democracia“.
O contexto da decisão inclui manifestações de apoio ao primeiro-ministro que ocorreram no fim de semana em várias partes da Espanha, e que, segundo ele, “influenciaram decisivamente” sua reflexão sobre continuar no cargo.
O primeiro-ministro, que lidera o país desde 2018 e já cumpriu três mandatos distintos, enfrentou alegações apresentadas pelo grupo Clean Hands, que acusava sua esposa de tráfico de influência e corrupção.
A investigação preliminar foi baseada em relatos de mídia online, que o próprio grupo admitiu poder conter informações falsas. O Ministério Público em Madrid arquivou as acusações.
Em sua declaração, Sánchez também fez um apelo por mobilização social contra a deterioração do debate político e enfatizou a necessidade de uma sociedade decidida pela dignidade e bom senso.
Ele rejeitou a ideia de que a situação atual envolva apenas seu destino político, argumentando que está em jogo o tipo de sociedade que a Espanha deseja ser.
Com informações da AFP
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