Um relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) identificou “ações criminosas” de “sabotagem” como causa da derrubada de três torres de energia em Rondônia e no Paraná, entre os dias 8 e 9 de janeiro de 2023.
As informações foram reveladas em reportagem de Lúcio de Castro, da Agência Sportlight, obtida via Lei de Acesso à Informação nesta quinta-feira, 25.
Segundo o documento, não havia “condições climáticas adversas” que pudessem ter provocado a queda das torres.
A primeira torre foi derrubada às 21h30 em Cujubim, Rondônia, seguida por outra às 0h13 em Medianeira, Paraná, e a terceira às 0h40 em Rolim de Moura, Rondônia. Este intervalo de apenas 3 horas e 10 minutos entre os incidentes sugere uma ação coordenada.
O laudo da Aneel detalha que em todos os casos, os parafusos da base das torres foram removidos, eliminando a sustentação e permitindo as quedas. Além disso, os cabos de sustentação foram cortados, indicando um padrão de sabotagem.
De acordo com a reportagem, 24 torres foram atacadas entre 8 e 30 de janeiro de 2023, em 14 locais diferentes nos estados de Rondônia, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Piauí e Pará. Quatro dessas torres caíram, incluindo as três do primeiro dia de ataques e uma quarta também em Rondônia.
Um servidor, que falou sob condição de anonimato, ligou os ataques às torres aos eventos golpistas em Brasília, ocorridos no mesmo dia, sugerindo que ambos os acontecimentos faziam parte de um plano coordenado para desestabilizar o país e possibilitar a transferência de poder para o Exército, através da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
A reportagem também menciona a investigação sobre a possível participação de membros das forças especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos“, e de militares da ativa e da reserva na organização e execução dos ataques.