Os avanços em prol da Amazônia feitos pelo Congresso Nacional foram celebrados nesta terça-feira (16) em evento que marcou a retomada da interlocução com outros países da Região Amazônica e a volta dos trabalhos do Grupo Parlamentar da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. Presidido pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o grupo atua no apoio das atividades Parlamento Amazônico (Parlamaz).
O encontro reuniu no Congresso senadores, deputados, embaixadores, integrantes do Parlamaz, além de representantes da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA), do Ministério das Relações Exteriores e de instituições parceiras.
Segundo Nelsinho Trad, que também preside o Parlamaz, o evento foi a primeira atividade de interlocução deste ano com a OTCA e em prol de uma agenda unificada para a preservação da região amazônica.
— É o Brasil que está liderando esse grupo [Parlamaz] agora e essas questões todas precisam ser debatidas e discutidas nesse âmbito porque não é só o Brasil que tem a Amazônia, tem mais sete países que tem Amazônia. Cada um tem vez e voz nesse Plenário, nesse Parlamento. E essa interlocução com a OTCA visa justamente isso, uniformizar as prioridades — disse o senador à TV Senado.
Com representantes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, o Parlamaz é um espaço de diplomacia parlamentar em prol do bioma amazônico. A próxima assembleia será em Lima, no Peru, em junho. Criado em 1989, o colegiado ainda pleiteia o reconhecimento formal da diplomacia internacional. A delegação brasileira no Parlamaz tem a deputada Socorro Neri (PP-AC) como vice-presidente.
No Congresso Nacional, o grupo parlamentar brasileiro é o fórum para as discussões relacionadas a iniciativas de conservação florestal, atividades sustentáveis e a cooperação na região amazônica.
No evento desta terça, o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) destacou que no próximo ano o Brasil sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), a ser realizada em Belém (PA). Ele reforçou a necessidade dos países amazônicos se unirem nas negociações internacionais na COP.
— Tenho certeza que, assim como o Brasil, os países da região amazônica têm vantagens comparativas importantes que precisam ser colocadas para o resto do mundo. E que fique muito claro que nós aqui trabalhamos com responsabilidade social e ambiental — declarou o senador.
Fonte: Agência Senado