A Petrobras anunciou a aprovação da construção de usinas de geração de energia solar em três de suas refinarias, visando a diminuição das emissões de gases do efeito estufa.
As instalações, com uma capacidade combinada de 48 megawatts, têm previsão de início de operação para 2025. Esta ação, no entanto, não marca o retorno da empresa ao setor de energias renováveis, após desinvestimentos anteriores em eólicas e foco no pré-sal.
As usinas serão localizadas nas refinarias Gabriel Passos em Betim (MG), Abreu e Lima em Ipojuca (PE), e Paulínia (SP). Elas serão integradas aos sistemas de geração de energia das instalações, que tradicionalmente utilizam gás natural.
Este projeto faz parte de um esforço maior financiado por um fundo interno de descarbonização da estatal, no valor de US$ 1 bilhão, que já aprovou 33 projetos. Estes projetos visam uma redução anual de 1,52 milhões de toneladas de CO².
“A Petrobras é uma grande consumidora de energia, o que é uma alavanca importante para a nossa ambição de avançarmos, nos próximos anos, em projetos de geração renovável de grande materialidade”, afirmou em nota Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras.
A iniciativa faz parte do plano da Petrobras para reduzir 30% das emissões operacionais até 2030 e atingir a neutralidade de carbono até 2050.
No início deste mês, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, inaugurou uma usina solar fotovoltaica em Guarulhos (SP), com capacidade de suprir toda a demanda energética do seu terminal local. A usina também abastecerá a base de carregamento rodoviário da Transpetro, a maior do Brasil.
A estatal tem alocado US$ 11,5 bilhões para investimentos em soluções de baixo carbono em seu planejamento estratégico para os próximos cinco anos, embora os investimentos ainda estejam focados em reduzir emissões de suas atividades principais.