Uma equipe internacional de cientistas do Observatório Europeu do Sul (OES) identificou o buraco negro estelar mais denso já encontrado na Via Láctea, com uma massa 33 vezes maior que a do Sol.
O buraco negro, denominado BH3, foi localizado utilizando dados do telescópio VLT do OES no Chile e de outros instrumentos, conforme informou a organização nesta terça-feira (16).
O BH3 foi detectado graças a um padrão incomum de “oscilação estranha” observado na estrela companheira pelo telescópio espacial europeu Gaia, operado pela Agência Espacial Europeia (ESA), que realiza um mapeamento detalhado da galáxia.
Buracos negros são formados pelo colapso de estrelas massivas e, até o momento, os identificados na Via Láctea possuem geralmente cerca de dez vezes a massa do Sol. O segundo buraco negro estelar mais massivo conhecido, Cygnus X-1, possui 21 massas solares, tornando o BH3 notável por suas 33 massas solares.
Localizado a aproximadamente 2 mil anos-luz da Terra na Constelação da Águia, o BH3 é o segundo buraco negro mais próximo da Terra.
A análise dos registros do Gaia, que foi parte de uma revisão para um novo lançamento de dados, também revelou que a estrela companheira do buraco negro é pobre em metais, sugerindo que a estrela precursora que colapsou para formar o BH3 também tinha baixo teor metálico.