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FUP: Decisão de reabertura da Fafen-PR representa volta da Petrobrás ao setor de fertilizantes

A Federação Única dos Petroleiros disse nesta quinta-feira, 18, que a decisão da Petrobrás de aprovar o início da reativação da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S/A – ANSA, no Paraná, é “importante marco para a volta da empresa ao setor e vai ao encontro da luta da categoria petroleira e petroquímica em defesa da […]

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DIVULGAÇÃO/FUP

A Federação Única dos Petroleiros disse nesta quinta-feira, 18, que a decisão da Petrobrás de aprovar o início da reativação da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S/A – ANSA, no Paraná, é “importante marco para a volta da empresa ao setor e vai ao encontro da luta da categoria petroleira e petroquímica em defesa da reabertura da Fafen-PR”, fechada desde 2020.

Vale ressaltar que a retomada da Petrobrás na produção nacional de fertilizantes faz parte do programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A medida foi anunciada pela Petrobrás na noite desta quarta-feira, 17, após longa reunião de diretoria.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também declarou que continuará acompanhando o processo para a reabertura integral da fábrica paranaense o “mais rápido possível”, e vai participar das negociações para a “recontratação dos empregados demitidos”.

Com a paralisação da Fafen- PR, cerca de mil empregados perderam seus postos de trabalho, sendo 400 empregados diretos e 600 indiretos.

A entidade explica que o processo de retomada das operações da planta industrial exige a recontratação dos empregados demitidos, mão de obra especializada, necessária para acompanhar as intervenções prévias para o início de obras, como editais e minutas de contratos de serviços de fornecimento e manutenção de materiais.

Audiências no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tratar dos termos da contratação dos trabalhadores da Fafen-PR estão em curso, com a participação do coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

“Pretendemos concluir na próxima semana uma proposta de acordo em relação aos salários e direitos dos trabalhadores, para que sejam contratados e recontratados em tempo hábil e as atividades dessas pessoas importantes para  a adequação da Fafen-PR sejam iniciadas antes do limite de tempo por conta das eleições de 2024, conforme determina a lei”, afirma Bacelar.

A Fafen-PR, que operava desde 1982, entrou no plano de desinvestimento da Petrobrás em 2019, no governo Bolsonaro.

A unidade era responsável pela produção de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e de 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas.

Ou seja, a “hibernação” da Fafen-PR fez com que o país deixasse de produzir por dia 2 mil toneladas de ureia e 1.300 toneladas de amônia, utilizados na fabricação de fertilizantes.

A reabertura da fábrica está incluída no plano estratégico 2024-2028 da Petrobrás e no Plano Nacional de Fertilizantes. O Brasil é atualmente o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo e importa 85% do que utiliza.

Segundo estimativa da FUP, a reabertura da Fafen-PR, a retomada das Fafens Bahia e Sergipe e a conclusão das obras da Fafen-MS podem reduzir para 35% as importações do insumo agrícola.

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