Na manhã desta terça-feira, 16, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), vinculado ao Ministério Público de São Paulo, junto à Polícia Militar, iniciou a ‘Operação Muditia‘.
A operação visa desmantelar uma organização criminosa associada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), investigada por envolvimento em fraudes de licitação em várias prefeituras e Câmaras Municipais em todo o estado, conforme informações do G1.
Foram expedidos 42 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos.
Entre os alvos das ordens judiciais estão agentes públicos, incluindo três vereadores de cidades do Alto Tietê e do litoral.
Investigações apontam que as empresas envolvidas manipulavam repetidamente os processos licitatórios para contratação de mão de obra terceirizada, influenciando a seleção dos vencedores e a divisão dos valores ilícitos. As empresas sob suspeita possuem contratos públicos que totalizam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos.
A ação segue revelações da ‘Operação Fim da Linha‘, realizada na semana anterior, que prendeu quatro executivos de empresas de ônibus em São Paulo, também com supostas conexões com o PCC.
Após a operação, medidas foram tomadas para garantir a continuidade do serviço de transporte público, com a nomeação de interventores da SPTrans para administrar as empresas investigadas.
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya criticou a Prefeitura de São Paulo e a SPTrans por negligência nas concessões de transporte público a empresas potencialmente comprometidas.
Em resposta, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) defendeu a administração municipal, argumentando que não cabe à gestão investigar antecedentes criminais de empresas contratadas.
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