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Governo Lula avalia que Israel entrou em desespero e tentou arrastar os EUA na guerra contra o Irã

O ataque do Estado de Israel ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, seguido pela resposta do Irã, desencadeou uma série de movimentos diplomáticos e militares. Segundo análise do governo brasileiro, Israel buscou com sua ação atrair novamente o apoio dos Estados Unidos. Conforme Jamil Chade do UOL, as informações que circulam entre a […]

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Reuters/Evelyn Hockstein

O ataque do Estado de Israel ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, seguido pela resposta do Irã, desencadeou uma série de movimentos diplomáticos e militares. Segundo análise do governo brasileiro, Israel buscou com sua ação atrair novamente o apoio dos Estados Unidos.

Conforme Jamil Chade do UOL, as informações que circulam entre a cúpula do governo brasileiro é que o ataque israelense foi interpretado como uma tentativa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de reafirmar a importância estratégica de Israel para os Estados Unidos, especialmente em um momento em que o presidente Biden adotava uma postura mais crítica em relação às ações israelenses, sobretudo pela ofensiva em Gaza.

A mudança de tom por parte de Biden gerou pressão adicional sobre Netanyahu, que já enfrentava desafios internos e externos.

Diante desse cenário, a análise interna do governo israelense indicava a necessidade de “reconvocar” os EUA para garantir a segurança de Israel e evitar o isolamento de Netanyahu.

O ataque ao consulado iraniano em Damasco foi, portanto, uma tentativa de envolver os Estados Unidos em um engajamento direto, deslocando o foco da guerra para o Irã, percebido como uma ameaça pelos americanos.

Embora Biden tenha reafirmado publicamente o apoio dos Estados Unidos a Israel e colaborado na interceptação dos mísseis iranianos, os bastidores revelaram uma pressão da Casa Branca para evitar uma escalada militar. Ficou claro que os EUA não estão dispostos a se envolver em um conflito direto com o Irã.

Na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, a tensão entre as potências era evidente, mas tanto americanos quanto iranianos buscaram evitar um confronto direto.

O embaixador dos EUA afirmou que seu país não buscava um conflito, enquanto a delegação iraniana indicou uma postura moderada ao aceitar a intervenção dos militares americanos sem interpretar isso como um sinal de guerra iminente.

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