Além de Marcos Pereira (REPUBLICANOS), nos bastidores, o PSD de Gilberto Kassab vem costurando outro nome para suceder Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara dos Deputados. Ainda em fevereiro, a coluna já havia mencionado o nome do deputado Antonio Brito (PSD) como um nome que vem ganhando espaço na base governista.
O nome do deputado surge de uma articulação ainda mais profunda feita por Kassab, a qual agrada muito ao governo. Se o deputado Elmar Nascimento (UNIÃO) vencer a disputa na Câmara e o senador David Alcolumbre (UNIÃO) ganhar no Senado, um único partido teria a presidência das duas casas. E ainda seria um partido não muito alinhado ao governo e que planeja lançar um candidato à presidência em 2026.
Ciente dessa preocupação, no início deste ano, Kassab procurou o senador Renan Calheiros (MDB) para sondar o MDB sobre um acordo que interessaria ao governo: o PSD ficaria com a Câmara e o MDB com o Senado, em uma aliança que vem despertando interesse na base governista.
Kassab abordou Renan em Brasília apenas para discutir esse assunto, ficando apenas a definir quem seria o candidato do MDB no Senado. No entanto, com as eleições municipais e as preocupações dos partidos em conquistar vereadores e prefeitos em todo o país, a articulação foi temporariamente deixada em segundo plano. Espera-se que essas conversas sejam retomadas no final do ano, após as eleições.
A verdade é que não apenas o governo, mas também a base no Congresso Nacional, está cansada da forma como Lira negocia, sempre com ameaças e criando dificuldades. Não é apenas Marcos Pereira que está de olho nisso; outros partidos também, já que não é possível eleger um presidente de casa legislativa apenas com os votos da extrema direita.
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