Eduardo Bolsonaro e deputados extremistas articularam punições ao Brasil junto a Câmara dos EUA

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Uma delegação de parlamentares brasileiros, liderada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), esteve em Washington durante a primeira semana de março com o objetivo de buscar apoio político entre os republicanos.

Os deputados argumentaram que o Brasil, sob a atual administração, não mais se configura como uma democracia. A informação foi revelada em reportagem da Agência Pública.

Inicialmente, os parlamentares haviam sido convidados para uma audiência na Comissão Tom Lantos de Direitos Humanos na Câmara dos Representantes.

No entanto, o encontro foi cancelado após intervenção do democrata James P. McGovern, copresidente da comissão, que criticou a tentativa dos republicanos de utilizar o Congresso americano para apoiar extremistas de direita do Brasil.

Na sequência dos eventos, a comitiva realizou uma coletiva de imprensa em frente ao Capitólio com a presença de Chris Smith, republicano e segundo copresidente da Comissão Tom Lantos.

Smith destacou alegações de violações de direitos humanos no Brasil e anunciou a preparação de um projeto de lei denominado “Lei Brasileira de Democracia, Liberdade e Direitos Humanos”.

Durante a visita, a delegação também encontrou figuras notáveis como Elon Musk, que expressou críticas ao Supremo Tribunal Federal brasileiro.

Ex-presidente Jair Bolsonaro destacou o forte apoio internacional ao movimento conservador brasileiro. Em resposta, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Musk nas investigações sobre atividades digitais ilegais.

A visita dos deputados brasileiros aos EUA reflete uma estratégia mais ampla de buscar apoio internacional para contestar a legitimidade do atual governo brasileiro, alinhando-se com práticas semelhantes de dissidências de países latino-americanos com governos autoritários.

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