O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, estão no centro de uma disputa relacionada ao biodiesel.
Reportagem do jornal Estado de S.Paulo aponta que Prates não se opõe à produção de novos combustíveis, o que tem sido alvo de críticas por parte de Silveira.
Dados mostram que atualmente 14% do diesel vendido nas bombas é composto por biodiesel, principalmente derivado de óleo de soja. A legislação estabelece que esse percentual deve atingir 20% até o final desta década e pode chegar a 25% a partir de 2031.
Na última sexta-feira, 5, em meio à incerteza sobre sua permanência no cargo, Prates recebeu representantes do setor do etanol e do biogás na sede da Petrobras, no Rio. Esse gesto foi interpretado como um aceno aos produtores de biocombustíveis e ao agronegócio.
Prates indicou que a Petrobras não se oporá à mistura do biometano ao gás natural, uma medida contra a qual a estatal havia se posicionado na votação da Câmara. Além disso, afirmou que a empresa não se oporá ao aumento da mistura de etanol na gasolina.
Em outro cenário, Alexandre Silveira teria, segundo a CNN Brasil, cedido e não se oposto à permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras, após conversa com o presidente Lula.
No entanto, Silveira definiu “compromissos” a serem seguidos por Prates, incluindo o cumprimento dos planos de investimento e a preocupação com os ataques a conselheiros ligados ao MME e à pauta de biocombustíveis.
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