Especialistas consideram que retirar ou paralisar as operações da plataforma X (antes conhecida como Twitter) no Brasil não apenas afetaria milhões de usuários, mas também não seria vantajoso para a empresa de Elon Musk. O próprio empresário mencionou a possibilidade de encerrar as atividades do escritório do X no Brasil, o que resultaria em perda de receitas, especialmente durante os confrontos com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o Globo, a grande empresa de tecnologia corre o risco de ser bloqueada no país se optar por ignorar ordens judiciais do STF, algo que já ocorreu com o Telegram anteriormente.
Atualmente, o Brasil ocupa a sexta posição em quantidade de perfis na rede social de Elon Musk, conforme dados estimados pela DataReportal. Em janeiro, o total de usuários brasileiros era de 22,1 milhões, equivalendo a 6% do total de contas na plataforma.
A plataforma se encontra na sexta posição em termos de popularidade nos smartphones brasileiros, com o seu aplicativo presente em 29% dos dispositivos móveis. Esse dado vem da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, que foi publicada em dezembro. Outras redes sociais como Instagram (91%), Facebook (81%) e TikTok (41%) estão posicionadas à frente do X em termos de presença nos celulares no Brasil.
Embora não lidere o ranking de redes sociais preferidas pelos brasileiros, o X exerce influência significativa no debate público devido à participação ativa de jornalistas, políticos, acadêmicos e influenciadores digitais. Essa presença destaca a relevância política e simbólica que o encerramento das operações da plataforma no Brasil poderia ter. A plataforma desempenha um papel importante em pautar discussões que são levadas para outras redes sociais e já se tornou um elemento integrante da estratégia de comunicação de lideranças globais.
Já são notáveis as repercussões financeiras. Em dezembro, o X concedeu ações a seus funcionários, declarando que o valor da empresa girava em torno de US$ 19 bilhões. Esse montante representa uma queda de 55% em relação aos US$ 44 bilhões desembolsados por Musk para adquirir a empresa um ano antes, de acordo com informações do jornal “The New York Times”.
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