As Forças Armadas dos Estados Unidos estão reformulando suas estratégias de guerra, focando em potenciais confrontos navais com a China.
Reportagem do The Washington Post revela que o 3º Regimento Litorâneo do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA está sendo preparado para operações em ilhas estratégicas do Oceano Pacífico, visando uma abordagem mais ágil e integrada junto aos aliados na região, incluindo Filipinas, Japão e Taiwan.
Este novo treinamento, realizado no Campo de Pohakuloa, Havaí, marca uma transição das tradicionais táticas de ataques anfíbios para operações conjuntas focadas em inteligência, reconhecimento e ação rápida contra alvos marítimos, utilizando mísseis de médio alcance. A intenção é fortalecer a capacidade dos EUA e de seus parceiros de repelir ameaças no Pacífico.
A estratégia inclui tornar as forças “invisíveis” para radares e sistemas de detecção eletrônicos, posicionando-as na linha de frente dos conflitos potenciais para coletar informações vitais e coordenar ataques de longa distância contra forças adversárias, especificamente fragatas chinesas.
O coronel John Lehane, comandante do regimento, destaca que o valor mais significativo dessa nova abordagem não reside no poder ofensivo, mas na capacidade de coletar e distribuir inteligência operacional de forma eficaz.
Esta mudança reflete uma adaptação às modernas exigências de guerra, contrastando com as duas últimas décadas de engajamento militar predominantemente terrestre no Oriente Médio.
Apesar do otimismo, a iniciativa enfrenta desafios, como limitações logísticas em uma ampla área marítima, pressões orçamentárias no Congresso, sobrecarga na indústria de defesa e a necessidade de permissão dos parceiros regionais para operações em seus territórios.
Além disso, a rápida modernização militar chinesa e a construção de instalações estratégicas no Mar do Sul da China e outras regiões aumentam os riscos para os EUA em um possível confronto no Pacífico Ocidental.
A reportagem do The Washington Post destaca a complexidade de preparar o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA para enfrentar um adversário com capacidades militares avançadas, após anos focados em combater o terrorismo, numa clara referência à necessidade de adaptação a um cenário de conflito potencialmente muito diferente.
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