China protegerá seus interesses marítimos em meio a tensões com os EUA

AP Photo / Zha Chunming/Xinhua

China defenderá resolutamente seus direitos e interesses legítimos no mar e continuará a reagir a qualquer provocação, anunciaram os militares chineses durante as conversações com os militares dos EUA no Havaí.

Sputnik – Os militares dos EUA e da China se reuniram no Havaí em 3 e 4 de abril para discutir questões de interação segura no espaço aéreo e marítimo.

De acordo com o Ministério da Defesa chinês, o encontro teve como objetivo promover o desenvolvimento saudável, estável e sustentável das relações entre os militares dos dois países. Durante a reunião, as partes realizaram uma “troca de opiniões franca e construtiva” sobre a situação atual na área da segurança marítima e aérea da China e dos Estados Unidos.

“Os militares da China continuarão a responder a todas as ações perigosas e provocativas de acordo com a lei e as regras, defenderão firmemente sua soberania territorial, direitos e interesses marítimos e protegerão a paz, a estabilidade e a prosperidade regionais”, avança a declaração do Ministério da Defesa da China feita após as negociações e publicada na conta oficial na rede social chinesa WeChat.

Os militares chineses também enfatizaram que Pequim “se opõe firmemente a qualquer tentativa de comprometer a soberania e a segurança da China sob o pretexto da liberdade de navegação e voos”.

EUA não têm o direito de interferir na questão do mar do Sul da China, diz Pequim

Foto / Twitter / Reprodução

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China criticou os EUA porque disse ser uma intromissão do país nos assuntos regionais.

Os Estados Unidos não têm o direito de interferir na questão do mar do Sul da China, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês em uma coletiva de imprensa.

“Os EUA não são parte da questão do mar do Sul da China e não têm o direito de interferir na questão marítima existente entre a China e as Filipinas”, sublinhou na terça-feira (19) Lin Jian.

O diplomata disse que a cooperação militar entre os Estados Unidos e as Filipinas “não deve prejudicar a soberania, os direitos marítimos e os interesses da China no mar do Sul da China, muito menos ser usada como garantia para as reivindicações ilegais das Filipinas”.

“A China continuará a tomar as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente sua soberania territorial, seus direitos e interesses marítimos, e para salvaguardar a paz e a estabilidade no mar do Sul da China”, enfatizou.

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, visita nesta terça-feira (19) Manila, capital das Filipinas. Durante a visita, ele disse que as relações bilaterais entre os Estados Unidos e as Filipinas estão se desenvolvendo “em alta velocidade” desde a eleição do presidente Ferdinand Marcos Jr. nas Filipinas.

De acordo com um artigo de 30 de janeiro veiculado no jornal filipino The Manila Times, os dois países realizarão as maiores manobras militares conjuntas Balikatan em abril, que também incluirão exercícios de defesa aérea e de mísseis.

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