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Sindicato faz alerta grave sobre venda da Avibras e os perigos para soberania nacional

As negociações avançadas entre a Avibras e a empresa australiana DefedTex despertaram preocupações entre os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. O anúncio das discussões, feito nesta segunda-feira, 1, após semanas de especulações, provocou a reação do sindicato, que expressou sua oposição à potencial venda de uma empresa estratégica […]

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As negociações avançadas entre a Avibras e a empresa australiana DefedTex despertaram preocupações entre os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

O anúncio das discussões, feito nesta segunda-feira, 1, após semanas de especulações, provocou a reação do sindicato, que expressou sua oposição à potencial venda de uma empresa estratégica brasileira para capital estrangeiro.

O sindicato afirmou que, se a transação for concretizada, o novo grupo assumirá a Avibras em meio a uma mobilização histórica dos trabalhadores, envolvendo lutas por empregos e direitos, além de greves devido a atrasos nos salários.

“Caso a transação se consuma, o novo grupo assumirá a Avibras diante de uma mobilização histórica em curso, com luta por empregos e direitos e greve contra o atraso nos salários”, destacou a entidade.

“Independentemente da mudança na direção da empresa, o Sindicato seguirá mobilizando os metalúrgicos pela completa regularização da situação, bem como pela estatização da Avibras sob controle dos trabalhadores”, emendou.

Independentemente da mudança na direção da empresa, o sindicato continuará mobilizando os metalúrgicos em busca da regularização da situação e defendendo a estatização da Avibras sob controle dos trabalhadores.

Fundada em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Avibras é conhecida por fabricar veículos lançadores de foguetes, como os sistemas ASTROS, veículos lançadores especiais e armamentos para aeronaves, como o A-29 Super Tucano, incluindo o foguete de 70mm.

Projetos em andamento, como o míssil de cruzeiro MTC e um sistema de defesa antiaérea de média altitude baseado na plataforma ASTROS, dependem atualmente de pedidos do Exército Brasileiro e do Ministério da Defesa, que não deram indícios de compra desses equipamentos a curto prazo.

Diante da crise enfrentada pelos trabalhadores da Avibras, que estão há 11 meses sem receber salários, o sindicato defende a estatização da empresa como a única solução para preservar os empregos e o conhecimento acumulado no Brasil.

O sindicato criticou a inércia do Governo Federal diante da situação e apelou para que a Avibras seja estatizada urgentemente. Desde 2022, a entidade sindical tem enviado cartas solicitando intervenção do Governo Federal, mas até o momento não houve resposta efetiva.

“Porém o que se viu foi a inércia do Governo Federal. Mas ainda há tempo para mudar essa situação. É urgente que o governo estatize a Avibras”, criticou o sindicato.

Apesar de promessas de avaliação do caso, feitas durante reuniões com o ministro da Defesa José Múcio Monteiro e o vice-presidente Geraldo Alckmin, o sindicato afirma que nenhuma medida efetiva foi adotada em favor dos trabalhadores da Avibras.

O Governo Federal, inclusive, adquiriu equipamentos de defesa de conglomerados estrangeiros, enquanto a Avibras enfrenta dificuldades.

O sindicato concluiu sua nota destacando a preocupação com a entrega da mais importante empresa do segmento de defesa do Brasil a um grupo internacional, enquanto outros países investem pesadamente nesse setor.

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