O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, anunciou que a Espanha reconhecerá o estado da Palestina até julho e expressou esperanças de que outras nações ocidentais sigam o mesmo caminho, conforme relatado pelo Financial Times em 2 de abril.
“Temos que considerar seriamente fazer isso no primeiro semestre deste ano”, disse Sanchez.
O primeiro-ministro criticou a contínua campanha militar de Israel para bombardear e causar fome aos palestinos em Gaza. Ele anunciou o plano na terça-feira, quando iniciou uma viagem à Jordânia, Qatar e Arábia Saudita.
Irlanda e Malta também planejam apoiar o reconhecimento unilateral da Palestina, enquanto os membros da União Europeia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária já reconheceram a Palestina.
Por outro lado, as potências europeias Alemanha, França e Reino Unido não têm planos de fazê-lo antes de um acordo para uma solução de dois estados ser alcançado com Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e muitos outros líderes israelenses juraram nunca concordar com um estado palestino e desejam continuar a ocupação militar ilegal da Cisjordânia e agora de Gaza indefinidamente.
Em 1993, Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assinaram os Acordos de Oslo, que foram apresentados como um passo para o estabelecimento de um estado palestino. No entanto, Israel atrasou todas as negociações finais de status e acelerou a construção de assentamentos judeus ilegais na Cisjordânia.
Com o aumento do número de colonos judeus vivendo em terras palestinas ocupadas, tornou-se politicamente mais difícil, tanto internamente em Israel quanto internacionalmente, exigir sua remoção.
A Espanha vê o reconhecimento da Palestina como um passo importante em direção a essa solução de dois estados.
Um funcionário do governo espanhol, falando com o Financial Times, disse que Madri espera que os EUA e outras potências ocidentais reconheçam a Palestina como membro pleno da ONU este mês.
O funcionário espanhol acrescentou que Madri deseja ver a Autoridade Palestina (AP) governar a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza. A Espanha diz que o Hamas não deve ter nenhum papel no governo de Gaza após a guerra.
Fontes: Financial Times e The Cradle