O governo do Irã comunicou à Rússia sobre a ameaça de uma grande “operação terrorista” em solo russo antes do recente massacre ocorrido em uma casa de shows próxima a Moscou, conforme revelado por três fontes bem informadas sobre o assunto.
Segundo relatos, dias antes do ataque em Moscou, autoridades iranianas compartilharam informações com Moscou sobre uma potencial ação terrorista significativa dentro do território russo. Essas informações foram obtidas durante interrogatórios de indivíduos detidos em conexão com atentados mortais ocorridos no Irã.
O Ministério da Inteligência do Irã anunciou em janeiro a prisão de 35 pessoas relacionadas a dois ataques a bomba na cidade de Kerman, que resultaram na morte de quase 100 pessoas. Em 19 de janeiro, o ministério informou sobre a detenção de um comandante do Isis-Khorasan (Isis-K), uma filial do Estado Islâmico sediada no Afeganistão.
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques no Irã, os mais mortais desde a Revolução Islâmica de 1979. Fontes de inteligência dos Estados Unidos indicaram que o Isis-K realizou os ataques tanto no Irã quanto em Moscou.
A segunda fonte, que pediu anonimato, afirmou que as informações fornecidas pelo Irã a Moscou sobre um possível ataque iminente careciam de detalhes específicos sobre o momento e o alvo exato.
Uma terceira fonte, uma autoridade de segurança sênior, declarou que o Irã cumpriu sua obrigação de alertar Moscou com base nas informações obtidas dos terroristas presos, considerando que o país tem sido alvo de ataques terroristas há anos.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã e o Kremlin ainda não responderam aos pedidos de comentários sobre o assunto. A Casa Branca também não se manifestou sobre o assunto.
As informações sobre um possível ataque iminente na Rússia, obtidas através de interceptações de conversas entre membros do Isis-K, desafiaram as afirmações dos Estados Unidos. A Rússia, por sua vez, afirmou acreditar que a Ucrânia estava ligada ao ataque, embora não tenha fornecido provas. Kiev negou veementemente as acusações.
Com informações da Reuters
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