O presidente da Argentina, Javier Milei, expressou em entrevista à CNN en Español, transmitida no domingo à noite, que a dolarização da economia argentina não ocorrerá antes das eleições legislativas do próximo ano.
Esta declaração marca a primeira vez que Milei oferece um cronograma para uma das propostas mais destacadas de sua campanha eleitoral, apontando que, embora o objetivo de dolarizar a economia permaneça, sua concretização só será possível após o período eleitoral.
Milei já havia indicado que a dolarização seria considerada somente após a realização de reformas significativas, incluindo a limpeza do balanço do Banco Central da Argentina e a reestruturação do sistema financeiro do país, sem, no entanto, estabelecer um prazo específico para essas mudanças.
Além disso, o presidente argentino revelou que está trabalhando em uma reforma do sistema financeiro, descrita como um passo crucial para o eventual desmantelamento do Banco Central, uma peça chave em sua plataforma econômica.
Milei não especificou detalhes sobre a reforma planejada nem um cronograma para sua implementação, mas reafirmou seu compromisso de encerrar as atividades da autoridade monetária nacional em algum momento.
Milei criticou duramente o uso político do Banco Central, acusando políticos de se aproveitarem da instituição para cometer atos de corrupção contra a população.
Ele associou a prática de emissão monetária excessiva pelo Banco Central à alta inflação no país, uma das mais elevadas do mundo, segundo o presidente.
Em um desenvolvimento paralelo, Argentina e Colômbia emitiram uma declaração conjunta no domingo à noite, anunciando que realizaram diálogos para “superar quaisquer diferenças”, com a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, programada para visitar Bogotá em breve, sinalizando esforços de diplomacia e cooperação entre as nações.