Nesta segunda-feira, 1, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná dá início ao julgamento das ações que solicitam a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Uma medida notável adotada pelo desembargador Luciano Falavinha, relator das ações, é a estratégia de manter seu voto em total sigilo até o momento da apresentação no plenário, visando evitar vazamentos e especulações.
A jornalista Malu Gaspar, em sua coluna para o jornal O Globo, revelou que o voto do desembargador Falavinha contém aproximadamente 200 páginas, levantando questões sobre a possibilidade de o documento extenso justificar a cassação de Moro.
A decisão de manter o voto em segredo foi tomada em uma reunião privada dos juízes do TRE antes do Carnaval.
Sergio Moro enfrenta acusações sérias relacionadas ao processo eleitoral de 2002, incluindo abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. As ações contra Moro foram movidas pela coligação Federação Brasil da Esperança, que inclui PCdoB, PV, PT e PL.
O Ministério Público argumenta que Moro se beneficiou de recursos e exposição em dois partidos e em diversas candidaturas, o que teria proporcionado uma vantagem indevida em relação aos outros candidatos.
O site Conjur destaca entre as acusações, gastos não contabilizados, como a cerimônia de filiação ao Podemos, e a contratação de um escritório de advocacia associado a Luis Felipe Cunha, primeiro suplente de Moro, por R$ 1 milhão, custeado pelo União Brasil, apontando para um possível envolvimento em caixa dois.
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