A Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou nesta quarta-feira (27) um aumento de 0,9 ponto no Índice de Confiança do Comércio (ICOM) para o mês de março, alcançando 90,4 pontos. Esse incremento vem após uma redução de 1,0 ponto em fevereiro, sugerindo uma recuperação parcial.
O indicador, ao ser observado em médias móveis trimestrais, apresentou crescimento pelo quarto mês consecutivo, registrando um acréscimo de 0,4 ponto e chegando a 90,1 pontos.
Geórgia Veloso, economista do FGV/Ibre, destacou que a elevação na confiança foi impulsionada unicamente pelo aumento no índice de expectativas, que tem mostrado volatilidade nos últimos meses, refletindo uma postura cautelosa dos empresários do setor.
Contrariamente, percebe-se um leve declínio nas avaliações sobre o momento atual, influenciado principalmente pela percepção da demanda. Apesar desta queda, o primeiro trimestre de 2024 terminou de maneira positiva, indicando um ambiente mais favorável se comparado ao término de 2023.
“A melhoria no mercado de trabalho, a confiança crescente dos consumidores e a diminuição do endividamento familiar, todos fatores ligados ao consumo, permanecem como elementos cruciais para a recuperação do setor comercial”, explicou Veloso.
Em março, a confiança se elevou nos seis principais segmentos do comércio, com destaque para o Índice de Expectativas (IE-COM), que avançou 2,0 pontos, alcançando 88,3 pontos.
Este resultado foi influenciado por uma perspectiva mais otimista sobre as vendas nos próximos três meses e as expectativas para a tendência dos negócios no semestre seguinte.
Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) sofreu um leve retrocesso de 0,3 ponto, marcando 93,0 pontos, devido à queda no indicador de volume de demanda atual.
No entanto, a avaliação sobre a situação atual dos negócios continuou a melhorar, registrando um incremento pelo segundo mês consecutivo.
A confiança do comércio encerrou o primeiro trimestre de 2024 com uma ascensão de 1,9 ponto sobre o trimestre anterior, apesar das oscilações observadas nos últimos meses.
“Iniciamos 2024 com progressos no setor comercial, mas, apesar dos avanços no cenário macroeconômico de 2023, os indicadores atuais sugerem uma continuação da cautela para os próximos meses”, concluiu a economista.
Com informações do Infomoney
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