Uma teoria conspiratória sugerindo que o ex-presidente Jair Bolsonaro buscou refúgio na embaixada da Hungria no Brasil durante o carnaval para evitar um suposto assassinato vem ganhando tração entre seus apoiadores nas redes sociais.
A narrativa, baseada em um texto extenso, sugere um complô envolvendo a esquerda e a Venezuela com o objetivo de assassinar Bolsonaro, coincidindo com a operação “Tempus Veritatis” da Polícia Federal, que resultou na apreensão de seu passaporte e na prisão de alguns de seus aliados.
O ex-presidente permaneceu na embaixada da Hungria do Brasil de segunda a quarta-feira de cinzas, levantando especulações sobre as motivações de sua estadia, que poderiam incluir solicitação de asilo político ou proteção contra uma possível ordem de prisão. A Polícia Federal investiga as circunstâncias dessa visita atípica.
A teoria defendida pelos apoiadores de Bolsonaro alega que ele foi alertado sobre a conspiração para assassina-lo por um aliado húngaro, que não foi identificado como o primeiro-ministro Viktor Orbán, mas sim pelo ex-premiê Péter Medgyessy.
O texto que circula afirma que Medgyessy, descrito como um conservador e ex-membro da contrainteligência, teria recebido informações sobre o plano de assassinato, levando à intervenção da Hungria.
Essa narrativa, no entanto, enfrenta inconsistências, considerando que Medgyessy é conhecido por suas ligações com a esquerda húngara e sua crítica ao governo de Orbán.
Além disso, Medgyessy foi revelado como um ex-agente secreto do regime comunista húngaro durante a Guerra Fria, o que contradiz a suposta aliança com Bolsonaro.
A disseminação desta teoria entre os apoiadores de Bolsonaro e sua defesa como plausível, apesar das evidentes contradições e falta de provas, reflete a polarização e a propensão a teorias conspiratórias dentro de certos segmentos políticos.
A Polícia Federal segue com a investigação para esclarecer os detalhes da presença do ex-presidente na embaixada húngara.
Com informações do Globo
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!